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Procedimentos odontológicos invasivos podem produzir bacteremia temporária e, por isso, são considerados um fator de risco potencial para endocardite infecciosa. No entanto, essa relação ainda permanece controversa. Um novo artigo da revista Circulation, publicado em maio, objetivou estimar a associação entre tratamentos dentários e a incidência de endocardite.
Para essa análise, pesquisadores utilizaram um banco de dados nacional de Taiwan e selecionaram dois estudos de caso único (crossover = 9.120 pacientes e auto-controlado = 8.181). A associação entre profilaxia antibiótica e prevenção de endocardite infecciosa também foi avaliada.
No estudo de crossover, 277 pacientes e 249 controles realizaram um procedimento odontológico invasivo durante o período de exposição e a razão de risco para endocardite foi 1,12 (IC de 95%: 0,94 a 1,34) em quatro semanas. No estudo auto-controlado, foram registradas 407 ocorrências de endocardite durante as primeiras quatro semanas após um procedimento dentário; a taxa de incidência ajustada por idade foi de 1,14 (IC de 95%: 1,02 a 1,26) em 1 a 4 semanas.
Pelos achados, os pesquisadores concluíram que não foi observado um risco significativamente maior de endocardite infecciosa nos curtos períodos após procedimentos odontológicos.
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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Chen T-T et al. Risk of infective endocarditis after invasive dental treatments: A case-only study. Circulation 2018 Apr 19 || https://doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.117.033131
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