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Cardiologia11 janeiro 2019

Galectina-3 pode ser um novo biomarcador prognóstico na IC?

Um novo estudo sugere que a medição repetida de Galectina-3 pode ajudar a identificar pacientes em risco de insuficiência cardíaca e doença cardiovascular.

Por Vanessa Thees

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Galectina-3 (Gal-3), um marcador de fibrose cardíaca, tem sido associada à insuficiência cardíaca (IC) e desfechos cardiovasculares desfavoráveis. Um novo estudo, publicado no Journal of the American College of Cardiology em dezembro, sugere que a medição repetida de Galectina-3 pode ajudar a identificar pacientes em risco de desenvolver IC e doença cardiovascular (DCV).

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores realizaram um estudo para avaliar os determinantes clínicos da mudança nos níveis de Gal-3 em indivíduos e o papel das medições seriadas na predição do risco de futura IC, DCV e mortalidade. No total, 2.477 participantes do Framingham Heart Study foram submetidos a dois exames de mensuração (1995 a 1998 e 2005 a 2008).

LEIA TAMBÉM: Novos biomarcadores na insuficiência cardíaca – um futuro promissor

IC

Galectina-3 como biomarcador pronóstico

Entre os dois exames, 39 participantes desenvolveram IC, 108 desenvolveram DCV e 198 desenvolveram doença renal crônica (DRC). Em um follow-up médio de 7,8 anos, 108 pessoas desenvolveram IC incidente. Cerca de 30% dos participantes apresentaram uma mudança nos níveis de Gal-3 de mais de 20% em relação ao baseline.

Os correlatos clínicos associados a aumentos longitudinais nos níveis de Gal-3 foram (p <0,0001):

  • Idade
  • Sexo feminino
  • Hipertensão
  • Diabetes
  • Índice de massa corporal
  • DRC
  • IC

Alterações nos níveis de Gal-3 foram mais fortemente associadas ao desenvolvimento de IC (39% a mais de risco por cada aumento de 1-desvio-padrão; intervalo de confiança de 95% [IC]: 1,13 a 1,71) – com fração de ejeção preservada e reduzida -, DCV (hazard ratio [HR]: 1,29; IC 95%: 1,11 a 1,50) e mortalidade por todas as causas (HR: 1,30; IC 95%: 1,17 a 1,46).

Segundo os pesquisadores, os achados indicam que a Galectina-3 pode ser utilizada no uso clínico para estratificar pacientes com risco e intervir antes do início dos sintomas da doença. Estudos futuros são necessários para determinar se medidas seriadas de Gal-3 podem ser úteis na prevenção de doenças.

LEIA TAMBÉM: Insuficiência cardíaca – o que há de novo na abordagem da doença?

Referências:

  • Longitudinal Change in Galectin-3 and Incident Cardiovascular Outcomes. Anahita Ghorbani, Vijeta Bhambhani, Robert H. Christenson, Wouter C. Meijers, Rudolf A. deBoer, Daniel Levy, Martin G. Larson, Jennifer E. Ho. Journal of the American College of Cardiology Dec 2018, 72 (25) 3246-3254; DOI: 10.1016/j.jacc.2018.09.076

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