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Neurologia27 maio 2025

Ataxia de Friedreich: desafios e esperança

Entenda melhor os sintomas, diagnóstico e tratamento atual desta doença rara assistindo ao vídeo!

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Biogen de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A Ataxia de Friedreich é uma doença genética rara e neurodegenerativa que afeta a coordenação motora e outras funções neurológicas.1 Este vídeo visa aumentar a conscientização sobre a doença, destacando seus desafios e as esperanças de tratamento.

A Ataxia de Friedreich é a forma mais comum de ataxia hereditária em humanos.2 Caracterizada pela perda da coordenação de movimentos musculares voluntários e equilíbrio, a doença também pode causar disfunção cardíaca, escoliose e diabetes mellitus. A identificação precoce dos sinais e sintomas é crucial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.1

Fisiopatologia

A doença é causada por mutações no gene da frataxina (FXN), localizado no cromossomo 9q13, resultando em disfunção mitocondrial.3 Pacientes com Ataxia de Friedreich apresentam uma repetição expandida do trinucleotídeo guanina-adenina-adenina (GAA), que reduz a transcrição do gene e a expressão da frataxina.4 A gravidade da doença varia conforme o número de repetições GAA, com expansões maiores correlacionadas a um início precoce e evolução rápida da ataxia.5,6

Epidemiologia

A Ataxia de Friedreich geralmente se manifesta na adolescência, e a idade de início é um preditor importante da gravidade e velocidade de progressão da doença. Pacientes com maior número de repetições GAA tendem a apresentar sintomas mais graves e progressão mais rápida.7

Manifestações clínicas

Os principais sintomas incluem disfunção neurológica, escoliose, cardiomiopatia e diabetes mellitus.1 A ataxia de membros e a perda precoce da propriocepção são comuns, exacerbando a ataxia cerebelar. Esses sintomas, geralmente, aparecem na adolescência e podem evoluir ao longo dos anos.8

Avaliação e diagnóstico

O diagnóstico é baseado em achados clínicos e confirmado por testes genéticos que identificam a expansão no gene FXN. Exames de neuroimagem, como tomografia e ressonância, são utilizados para excluir outras causas e avaliar a atrofia cerebelar.1

Tratamento

Em 2023 e 2025, a FDA e a Anvisa, respectivamente, aprovaram o medicamento omaveloxolona para pacientes com Ataxia de Friedreich a partir de 16 anos.9-11 A omaveloxolona tem como alvo o fator nuclear eritroide 2 relacionado ao fator 2 (NRF2), um regulador mestre na via antioxidante.9 Estudos mostraram que o medicamento melhora a função neurológica em pacientes, embora os efeitos adversos incluam aumento de aminotransferase transitório, cefaleia, náusea e diarreia.12

O manejo da Ataxia de Friedreich deve ser feito por uma equipe multiprofissional, incluindo fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. A terapia ocupacional e a fisioterapia são essenciais para abordar a perda de equilíbrio e controle motor fino. O acompanhamento com especialistas, como endocrinologistas, ortopedistas e cardiologistas, é fundamental para o manejo de complicações.1

Prognóstico

A gravidade da doença e a taxa de progressão variam conforme o número de repetições GAA.4-6 O tempo médio do início dos sintomas até o uso de cadeira de rodas varia de 11 a 25 anos. A maioria dos pacientes morre entre 30 e 40 anos, principalmente devido à disfunção cardíaca.13

Progresso recente

Novas estratégias estão sendo testadas para melhorar a função mitocondrial e aumentar a expressão da frataxina.3 Terapias de edição genética prometem ser o futuro do tratamento, com estudos mostrando resultados promissores em modelos animais.14,15

A Ataxia de Friedreich é uma doença neurológica rara e progressiva que impacta significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A conscientização sobre a doença é essencial para promover diagnósticos precoces e apoiar tratamentos e pesquisas. Ao discutir sobre a Ataxia de Friedreich, estamos oferecendo informações vitais e mostrando solidariedade aos indivíduos que convivem com essa condição.

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Referências bibliográficas

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