Causadora da maior taxa de mortalidade nas UTIs do Brasil, a sepse é também uma das principais causas de morte hospitalar tardia, conseguindo superar o infarto e o câncer. A síndrome, que é um conjunto de manifestações graves causadas por infecção em algum local do organismo, tem taxa de mortalidade de mais de 55% dos casos no país, maior que em países de situação econômica parecida, como a Argentina, segundo um levantamento da Progress.
No Brasil, a sepse é responsável por 25% da ocupação dos leitos das UTIs e a principal geradora de custos, já que precisa de equipamentos sofisticados, medicamentos caros e de grande trabalho da equipe médica. Estima-se, ainda, que a taxa de incidência aumentou de 8 a 13% na última década, quando ultrapassou as mortes por câncer. Com tantos casos, é necessário discutir sobre o tema e procurar soluções.
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Por isso, nos dias 4 e 5 de maio desse ano, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) promoverá o XIV Simpósio Internacional de Sepse, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. O objetivo do encontro, que reunirá mais de 50 convidados nacionais e internacionais para falar sobre o tema, é apresentar novas estratégias para modificar o cenário brasileiro e de países com o mesmo problema.
Para conseguir reduzir as taxas, não só o pouco conhecimento da população sobre a doença pode ser trabalhado, como também, e talvez principalmente, a dificuldade de diagnosticar precocemente a síndrome. Sendo assim, o evento é uma maneira de chamar a atenção para o tema e envolver cada vez mais profissionais na capacitação necessária para o diagnóstico e tratamento da sepse.
https://www.sepsisnet.org/pg.php?v=o-que-e-sepse
Site Associação Médica Brasileira. Sepse mata mais que infarto e câncer de mama e intestino. Profissionais se reúnem em São Paulo para discutir o tema. Dez, 2016.
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