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Terapia Intensiva6 dezembro 2019

Tecnologias em terapia intensiva: o que há de novo?

No último mês, tive a oportunidade de acompanhar um serviço de terapia intensiva referência no mundo, onde conheci as novidades tecnológicas da área.

No último mês, tive a oportunidade de acompanhar um serviço de terapia intensiva referência no mundo (Hospital Erasme, em Bruxelas – Bélgica), pela rodada eletiva do meu Programa de Residência em Clínica Médica. Uma das minhas maiores expectativas era conhecer o que haveria de novidades tecnológicas.

Por isso, selecionei o top 5 do que mais me impressionou para compartilhar com vocês neste post.

1. Lucas

O Lucas é um sistema de compressões torácicas, que auxilia na reanimação do paciente em parada cardíaca. Presenciei o uso do dispositivo em um protocolo de pesquisa em animais, mas me informaram ele também era usado em situações intra-hospitalares.

Pelo que observei, uma das grandes vantagens do Lucas é que ele permite que as mãos dos socorristas estejam livres para que possam se concentrar em outras atividades essenciais para salvar a vida do paciente.

Quer saber mais sobre as evidências do uso deste tipo de dispositivo? Já falamos um pouco aqui no Portal PEBMED.

2. Pupilômetro

A avaliação das pupilas é uma etapa importante do exame físico, principalmente nos pacientes mais graves.

Tradicionalmente, as medições das pupilas são realizadas de maneira subjetiva. No entanto, alguns locais já adotam o pupilômetro como medicação de rotina. Observei a pupilometria sendo feita na rotina e nos pacientes que estavam em protocolos de pesquisa que incluíam o pupilômetro.

3. Oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO)

Eu sei que o ECMO já é usado no Brasil, porém o que me impressionou no caso foi a frequência com que eles utilizam no serviço. Em um mês eu vi mais de cinco casos, incluindo pós-operatório, pós-PCR e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).

A máquina ECMO é semelhante à máquina de derivação coração-pulmão usada em cirurgias de coração aberto. Ela bombeia e oxigena o sangue de um paciente para fora do corpo, permitindo que o coração e os pulmões descansem.

4. Cateter Swan-Ganz

Mas Dayanna, o Swan -Ganz é antigo… Não era para estar neste post. Então, coloquei este dispositivo aqui porque ele é muito utilizado no Hospital Erasme como uma das principais formas de monitorização hemodinâmica. Eles também utilizam o monitor Picco em alguns casos. Como o Swan-Ganz está bastante esquecido em alguns locais no Brasil, achei relevante a observação.

O cateterismo da artéria pulmonar (CAP), ou cateterismo do coração direito, é a inserção de um cateter na artéria pulmonar. Seu objetivo é diagnóstico; é usado para detectar insuficiência cardíaca ou sepse, monitorar a terapia e avaliar os efeitos dos medicamentos. O cateter da artéria pulmonar permite a medição direta e simultânea das pressões no átrio direito, ventrículo direito, artéria pulmonar e pressão de enchimento (pressão “em cunha”) do átrio esquerdo.

5. Microdiálise cerebral

Reprodução: http://www.mdialysis.com/the-company/the-technique

A microdiálise cerebral era realizada em pacientes neurocríticos, principalmente nos que faziam parte de protocolos de pesquisa. Ela permite o monitoramento semi-contínuo à beira-leito do líquido extracelular do cérebro do paciente.

As indicações clínicas do monitoramento de microdiálise estão focadas no gerenciamento de injúrias cerebrais e sistêmicas secundárias em pacientes com lesão cerebral aguda (principalmente, lesão cerebral traumática, hemorragia subaracnoidea e hemorragia intracerebral), especificamente para adaptar várias rotinas de intervenções – como otimização da pressão de perfusão cerebral, transfusão de sangue, controle glicêmico e oxigenoterapia – no paciente individual. Os principais metabólitos da microdiálise (ou seja, razão lactato/piruvato e glicose) podem ser usados para monitorar a resposta do cérebro a intervenções específicas, avaliar a extensão da lesão e informar sobre o prognóstico.

Estes foram meus itens preferidos de novidades tecnológicas que conheci durante a minha rodada em Terapia Intensiva. Você conhece ou trabalha com alguma dessas tecnologias? Compartilhe sua experiência com a gente!

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Referências bibliográficas:

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