Logotipo Afya
Anúncio
Terapia Intensiva13 junho 2023

Debridamento aberto ou artroscópico para artrite séptica de punho?

A artrite séptica do punho é uma condição que pode levar a consequências devastadoras aos pacientes, causando rápida destruição articular, osteomielite e sepse.

A artrite séptica do punho compreende cerca de 5 a 25% das artrites sépticas do membro superior. A artroscopia vem sendo utilizada ultimamente no tratamento dessa patologia, com vantagem de um menor acesso e lesão de partes moles, mas necessita material específico.

Até o momento, de acordo com dados da literatura, não há evidência de qual seria a melhor forma de tratamento dessa condição. Foi publicado recentemente no Journal of Hand Surgery Global Online – JHSGO um estudo com o objetivo de comparar taxas de complicações, readmissões e reoperaçōes entre as duas modalidades de tratamento.

Leia também: Há necessidade de antibioticoprofilaxia em artroscopia de punho de partes moles?

Debridamento aberto ou artroscópico para artrite séptica de punho

O estudo

Um banco de dados americano chamado PearlDiver foi usado para identificar pacientes nos Estados Unidos que se submeteram ao desbridamento aberto ou artroscópico para suspeita de artrite séptica do punho de 2010 a 2017. Dados demográficos e comorbidades foram obtidos também dessa ferramenta.

Os testes qui-quadrado de Pearson foram realizados para comparar a modalidade de tratamento aos dados demográficos e ao ano de diagnóstico e regressões logísticas univariadas foram usados para medir diferenças nas taxas de reinternação hospitalar em 90 dias, taxas de complicações em 90 dias e taxas de reoperação no primeiro ano.

Saiba mais: Reparo artroscópico versus “mini-open” para reparo do manguito rotador

O banco de dados capturou 1.145 pacientes que receberam tratamento para artrite séptica do punho durante este período. Destes, 212 (18,5%) pacientes foram submetidos a desbridamento artroscópico e 933 (81,5%) pacientes foram submetidos a desbridamento aberto. O manejo aberto foi mais comum em todas as idades; no entanto, o desbridamento artroscópico foi usado com mais frequência em faixas etárias mais jovens.

A proporção de casos abertos por ano parecia aumentar durante o período do estudo. Em comparações limitadas, nenhuma diferença foi observada nas taxas de readmissão hospitalar em 90 dias, nas taxas de complicações em 90 dias e nas taxas de reoperação após 1 ano.

Conclusão

No estudo, nenhuma diferença foi encontrada entre os dois métodos de tratamento, sendo atualmente a decisão pautada apenas em preferência do cirurgião. Dados e análises mais robustos são necessários para entender melhor as diferenças entre essas abordagens, especialmente em diferentes grupos de pacientes.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Referências bibliográficas

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Ortopedia