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Saúde2 dezembro 2022

UFMG inicia vacinação de voluntários para testes de imunizante contra covid-19

A expectativa é que a vacina esteja disponível para aplicação na população brasileira a partir de 2025. Saiba mais sobre o estudo.

Por Úrsula Neves

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) iniciou testes em voluntários para as fases 1 e 2 dos testes clínicos de uma nova vacina contra a covid-19. Trata-se de uma proteína recombinante, semelhante à da vacina da hepatite, que utiliza a combinação de duas proteínas do novo coronavírus.  

O imunizante, chamado de SpiN-Tec/MCTI, foi inteiramente desenvolvido no Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas), um centro de biotecnologia instalado no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec). Essa é uma parceria entre a UFMG e o Instituto René Rachou, unidade regional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

A expectativa é que a vacina esteja disponível para aplicação na população brasileira a partir de 2025. 

Veja também: Covid: Autorizado ensaio clínico de nova vacina desenvolvida no Brasil 

Seleção de voluntários 

Os voluntários foram escolhidos seguindo os seguintes requisitos:  

  • Os cadastros de voluntários passarão por uma triagem que irá verificar os pré-requisitos. Confira! 
  • Residir em Belo Horizonte durante todo o estudo (12 meses desde o início da participação);
  • Ser um adulto saudável entre 18 e 85 anos;
  • Se mulher, não estar grávida nem amamentando;
  • Já ter sido vacinado (a) contra covid-19 com Coronovac ou AstraZeneca e ter recebido dose de reforço com AstraZeneca ou Pfizer há, pelo menos, seis meses da última dose;
  • Os candidatos para a fase 1 precisam não ter tido covid-19.  Para a fase 2, o fato de já ter contraído a enfermidade não será impedimento.  

Após as inscrições, os selecionados passarão por triagem e serão submetidos a avaliações clínicas e laboratoriais, conduzidas pelo CTVacinas e pela Unidade de Pesquisa Clínica em Vacinas (UPqVac), instalada na Faculdade de Medicina da UFMG.

Acompanhamento 

As pessoas selecionadas devem comparecer para a vacinação no dia marcado para fazer os procedimentos e ficar em observação por até uma hora. Os pesquisadores irão realizar o monitoramento ao longo de 12 meses. 

A equipe que executa os testes clínicos vai realizar ligações periódicas para os voluntários para saber como estão se sentindo e se apresentam algum efeito adverso. Além disso, os indivíduos selecionados irão realizar sete visitas programadas à UPqVac (onde a dose será aplicada) uma semana após a aplicação e, na sequência, depois de duas semanas, 28 dias, 90 dias,180 dias, 270 dias e 360 dias. 

“A expectativa é que a vacina se confirme como segura e imunogênica, fato observado em outras fases. Esperamos que ela induza a uma resposta imunológica nos participantes, assim como induziu nos testes em animais”, explicou o professor Helton Santiago, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e coordenador dos testes clínicos da vacina. 

Após a conclusão das fases 1 e 2 dos testes clínicos, os pesquisadores irão enviar os relatórios do estudo e solicitaram autorização para a terceira e última etapa dos testes, que reunirá de quatro a cinco mil voluntários.

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.

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Referências bibliográficas

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