Idosos que tratam a hipertensão com medicação apresentam menor risco de desenvolver demência, segundo análise de 17 estudos populacionais com 34.519 participantes em 15 países. A pesquisa, realizada pelo grupo Cohort Studies of Memory in an International Consortium (Cosmic), foi publicada na revista Neurology.
O Instituto de Psiquiatria (IPq) da USP participou da pesquisa com o estudo São Paulo Ageing & Health Study (SPAH), realizado com pessoas acima de 65 anos, o qual apontou que em 26,3% dos pacientes a hipertensão não era tratada.
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Números
A prevalência de hipertensão foi de 60,1%, com 50,3% dos participantes em tratamento. Aqueles com hipertensão não tratada tiveram 42% mais risco de desenvolver demência.
No estudo brasileiro SPAH, 80,4% dos idosos tinham hipertensão, e 75% estavam em tratamento. A pesquisa destacou a importância de educar sobre o tratamento da hipertensão como prevenção da demência e outras doenças crônicas, especialmente no contexto do programa Hiperdia, do SUS.
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Os países participantes foram Brasil, Estados Unidos, Austrália, China, Coreia, Singapura, República Centro Africana, República do Congo, Nigéria, Alemanha, Espanha, Itália, França, Suécia e Grécia.
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