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Saúde29 outubro 2025

Tratamento menos invasivo para hemofilia infantil chega ao SUS

Ministro da Saúde anuncia pedido à Conitec para ampliar uso do Emicizumabe no tratamento de hemofilia em crianças de até seis anos

O tratamento de crianças com hemofilia grave deve se tornar menos invasivo no Brasil. Atualmente, a terapia padrão envolve infusões frequentes de fator VIII nas veias, realizadas várias vezes por semana, o que exige grande esforço das famílias e das próprias crianças. A partir do próximo mês, o governo pretende ampliar o acesso ao Emicizumabe, medicamento já disponível para adultos, para crianças de até seis anos de idade, conforme anunciado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante evento no Hemocentro de Brasília.

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O Emicizumabe é administrado por via subcutânea, uma aplicação mais simples e menos dolorosa, realizada apenas uma vez por semana. Além de reduzir o desconforto, a terapia diminui a frequência de sangramentos, aumentando a autonomia das crianças e facilitando o manejo da doença.

Investimento e impacto no tratamento da hemofilia infantil pelo SUS

O ministro Alexandre Padilha explicou que o pedido será encaminhado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde (Conitec) para avaliação da ampliação do uso do medicamento. Atualmente, a medicação já está disponível no SUS para crianças maiores de seis anos ou para aqueles que apresentem anticorpos inibidores do fator VIII.

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Segundo o ministério, o custo anual do Emicizumabe por paciente, se pago de forma privada, varia entre R$ 300 mil e R$ 350 mil. A oferta pelo SUS representa um investimento expressivo em saúde pública, garantindo acesso gratuito e ampliando dignidade e conforto para as crianças.

Com a medida, o Brasil se torna o maior país do mundo a disponibilizar o medicamento pelo SUS para pacientes pediátricos, marcando um avanço importante no cuidado integral de crianças com hemofilia. O tratamento menos invasivo não apenas melhora a adesão à terapia, mas também reduz os riscos associados às infusões frequentes e às complicações decorrentes da doença, fortalecendo a rede pública de atenção a pacientes pediátricos com hemofilia.

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*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.

Autoria

Foto de Roberta Santiago

Roberta Santiago

Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.

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