A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão imediata do uso e a apreensão dos lotes H06055 e T02355 da toxina botulínica Dysport® 500U. A medida foi tomada após a fabricante, Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda, informar que não reconhece esse lote como legítimo, caracterizando-o como falsificado.
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Riscos da falsificação de toxina botulínica
Segundo a Anvisa, o conteúdo e a origem do produto são desconhecidos, o que representa um risco sanitário grave. Por esse motivo, o lote não deve ser utilizado em nenhuma hipótese. A toxina botulínica é uma substância biológica com potencial neurotóxico, e a administração de versões não autorizadas pode provocar reações adversas severas, ineficácia terapêutica e complicações imprevisíveis.
Com a decisão, ficam proibidas todas as etapas do ciclo de vida do produto falsificado, incluindo fabricação, importação, exportação, armazenamento, distribuição, transporte, propaganda e uso clínico.
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A empresa responsável pelo Dysport no Brasil, a Beaufour Ipsen, reforçou em nota oficial que desconhece a origem dos lotes e que está colaborando com as autoridades competentes para coibir a circulação de medicamentos falsificados. A fabricante também orienta que profissionais de saúde e estabelecimentos farmacêuticos adquiram o produto apenas por canais oficiais e verifiquem sempre os dados dos lotes.
A falsificação de medicamentos é crime previsto no Código Penal brasileiro e configura uma grave violação às normas de segurança sanitária. A Anvisa orienta que qualquer suspeita de falsificação seja imediatamente comunicada por meio de seus canais oficiais de denúncia.
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