O Ministério da Saúde anunciou um avanço histórico na digitalização do Sistema Único de Saúde. A partir de outubro, dados da saúde suplementar, provenientes de hospitais, clínicas e laboratórios vinculados a planos de saúde, passarão a ser integrados à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
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Com isso, cidadãos, profissionais e gestores poderão acessar, em uma única plataforma, informações como exames, diagnósticos, prescrições e tratamentos realizados tanto no SUS quanto na rede privada.
Como vai funcionar
A interoperabilidade entre os sistemas ocorrerá em etapas. Entre agosto e setembro, a RNDS receberá dados retroativos de 2020 a 2025. A partir de outubro, o envio será automático à medida que os atendimentos forem realizados. Os pacientes poderão acessar seus históricos pelo aplicativo Meu SUS Digital, enquanto profissionais e gestores terão acesso via plataformas específicas do SUS Digital.
Com a inclusão da saúde suplementar, o volume de dados da RNDS deve dobrar, saltando dos atuais 2,8 bilhões para mais de 5,3 bilhões de registros. Hoje, mais de 80% dos estados e 68% dos municípios já usam a plataforma para organizar atendimentos e planejar políticas públicas.
A integração será unidirecional: os planos enviarão dados ao SUS, mas não receberão informações da rede pública, garantindo privacidade e sigilo dos pacientes.
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