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Saúde11 agosto 2016

Sobre Pokémons, Medicina e receitas de aplicativos de saúde

A tecnologia está influenciando a saúde. O mais interessante é que o médico observa o fenômeno, mas continua dando orientações que são impressas e entregues

Por Colunista

banner250x250Ontem, fui caçar Pokémons. Eu e as crianças. Junto com a gente, estavam outras dezenas de adolescentes da vizinhança, alguns que eu nem sabia que existiam. Era como se a flautinha mágica dos Irmãos Grimm tivesse sido tocada e  atraído toda a criançada para a rua. Caramba! Por onde eles andavam esse tempo todo? Daí, lembrei da minha tese de mestrado, em 2002, quando afirmei que os videogames estavam diminuindo a exposição solar na adolescência e, talvez, as taxas de melanomas pudessem despencar num futuro próximo, já que queimaduras solares antes dos 18 anos eram o principal fator de risco para melanoma. O que pode mudar agora?

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Não é de hoje que a tecnologia está influenciando a saúde dos pacientes. O mais interessante é que o médico observa o fenômeno, descreve, cria opiniões, mas no final continua no consultório dando orientações que são impressas e entregues para que o paciente se vire no dia seguinte. Existe a medicina clínica e existe a área do bem-estar, claramente separadas, inclusive pela regulação. É muito mais fácil seguir o caminho do wellness para colocar no ar um aplicativo. Mas, daí, o médico não se sente à vontade para usar no consultório. É acurado? Não sabemos, melhor  não arriscar…

Meu convite é para que os médicos comecem, sim, a arriscar um pouco mais. De forma simples, como fez o hospital Americano de Michigan. Dá preguiça olhar um aplicativo novo, entender como funciona, principalmente quando o médico não é o público-alvo. Mas eu garanto que o interno ou o residente estão prontos pra ajudar na empreitada se você for da turma mais analógica ;).

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Não precisa muito. Comece escolhendo só um aplicativo ou jogo. Fale com seus pacientes sobre ele, indique o uso, discuta as percepções, riscos e benefícios. Sinta como é “prescrever um aplicativo”. Assim, aos poucos, o médico vai virando aquela pessoa que faz parte do dia a dia do paciente, e não a que fica apenas confinada a dar orientações em uma sala fechada, desconectada do mundo. Eu, por exemplo, gosto muito de aplicativos de meditação para auxiliar os pacientes que estão enfrentando períodos de estresse e também daqueles que ajudam a lembrar de tomar a medicação. Existem várias opções interessantes.

E você? Tem algum aplicativo que costuma recomendar aos seus pacientes? Compartilhe com a gente!

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cristianebenvenuto

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