O Ministério da Saúde publicou, esta semana, dois editais de convocação para que instituições federais, estaduais, municipais e privadas sem fins lucrativos peçam sua adesão aos incentivos financeiros destinados a Programas de Residência Médica e Multiprofissional. A iniciativa integra o programa Agora Tem Especialistas, criado para valorizar preceptores, tutores e coordenadores, além de estimular a formação de especialistas em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS).
As instituições interessadas poderão solicitar os recursos de 3 a 14 de novembro, por meio do portal da UNA-SUS. O investimento total previsto pelo governo é de R$ 113,2 milhões, a serem executados entre 2025 e 2026.
Valorização de formadores
Os editais nº 8/2025 e nº 9/2025 contemplam, respectivamente, os Programas de Residência em Área Profissional da Saúde (PRAPS) e os Programas de Residência Médica (PRM). Entre os benefícios previstos estão bolsas de R$ 4 mil para coordenadores e preceptores de programas médicos; R$ 3 mil para coordenadores e preceptores de residências multiprofissionais; e R$ 2 mil para tutores.
Segundo o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço, o reconhecimento financeiro é um marco na política de formação em serviço: “Esse é mais um passo para fortalecer a formação em saúde, reconhecendo o papel central dos profissionais que orientam e acompanham os residentes. É também um compromisso com os princípios do SUS e com a democratização das especialidades em todo o país”.

Áreas prioritárias
As áreas prioritárias para o SUS foram definidas com base em demandas estratégicas e carências regionais. No caso dos PRAPS, incluem física médica, enfermagem obstétrica, atenção oncológica e neonatal. Já nos PRM, as prioridades nacionais abrangem radiologia, patologia e neonatologia, enquanto as regionais incluem anestesiologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, neurocirurgia, psiquiatria infantil, medicina de família e comunidade, entre outras.
Poderão aderir aos editais instituições públicas e privadas sem fins lucrativos que ofereçam novos programas de residência ou ampliem vagas já autorizadas pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), desde que 75% da carga horária seja cumprida em cenários de prática vinculados ao SUS.
Autoria

Roberta Santiago
Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.
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