Em nota técnica (NT – 82/2020) publicada no início deste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu que não há evidências da eficácia de radiação ultravioleta (UV) para combater a Covid-19 em ambientes públicos e hospitalares.
O órgão reforçou, ainda, que os indicativos de efetividade da desinfecção foram apenas em condições muito específicas e controladas, como, por exemplo, quanto ao ângulo de exposição e dose de radiação sobre superfícies lisas e limpas.
A publicação da NT foi necessária depois de muitos questionamentos em relação ao assunto e à aprovação da Anvisa sobre o método.
Desinfecção com radiação UV
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a luz UV é capaz de inativar microrganismos nas faixas de UV-B e UV-C entre 200-310nm, com eficácia máxima em torno de 265nm.
Apesar dos bons resultados da luz UV na desinfecção de várias bactérias e vírus na água, não há como confirmar o efeito em outras condições.
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Uso errado causa riscos à saúde
A Anvisa também não recomenda UV para desinfectar as mãos ou outras partes do corpo. Ainda de acordo com a NT 82/2020, a radiação pode causar problemas nos olhos e afetar o DNA de tecidos biológicos com potencial para formação de câncer.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referência bibliográfica:
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