O Ministério da Saúde relatou nesta quinta-feira, dia 8, um caso de um bebê nascido no Acre com anomalias congênitas ligadas à transmissão vertical da Febre do Oropouche.
De acordo com a pasta, a criança faleceu no início de agosto, aos 47 dias de vida, apresentando microcefalia, malformação das articulações e outras anomalias congênitas.
No segundo mês de gestação, a mãe, de 33 anos, apresentou rash cutâneo e febre. Exames realizados após o parto confirmaram a infecção pelo vírus Oropouche. Investigações conduzidas nos laboratórios do Instituto Evandro Chagas (IEC/SVSA/MS), em Belém, descartaram outras possíveis causas.
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Em nota, o Ministério da Saúde ressaltou que a correlação direta da contaminação vertical de Oropouche com as anomalias ainda precisa de uma investigação mais aprofundada.
Oropouche no Brasil
No início da semana, foi confirmado o primeiro caso de óbito fetal por transmissão vertical, em Pernambuco. Dias antes, haviam sido confirmadas as primeiras duas mortes pela doença no país.
Ambas as vítimas eram mulheres jovens, sem comorbidades, moradoras de cidades no estado da Bahia e que apresentavam sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.
Até o dia 8 de agosto, foram registrados 7.497 casos de Oropouche no Brasil, a maioria registrada nos estados do Amazonas, Rondônia e Bahia, atingindo majoritariamente homens de 30 a 39 anos, de acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses.
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Recomendações
Estados e municípios receberão uma nota técnica com diretrizes para a metodologia de análise laboratorial, vigilância e assistência em saúde, detalhando condutas recomendadas para gestantes e recém-nascidos com sintomas de Oropouche. Este documento também incluirá informações sobre medidas de proteção individual para prevenção da doença.
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