Dor nas costas pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo má postura, lesões, sobrecarga muscular, sedentarismo, excesso de peso, fatores psicossociais e condições médicas subjacentes, entre outros.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a dor nas costas é a principal causa de incapacidade em todo o mundo. Em 2020, cerca de 1 a cada 13 pessoas (ou 619 milhões de indivíduos) sofreu lombalgia. Isso representa um aumento de 60% em três décadas.
Os números são tão alarmantes que a OMS divulgou, recentemente, as suas primeiras diretrizes sobre o tratamento do incômodo, mais especificamente a lombalgia. O documento, que conta com a assinatura de especialistas de diversas partes do mundo, enumera intervenções que os profissionais de saúde podem utilizar e também não utilizar.
O que funciona para dor nas costas:
- Educação/aconselhamento estruturado e padronizado;
- Programa estruturado de exercícios físicos;
- Acupuntura e outros métodos de agulhamento terapêutico;
- Terapia manipulativa espinhal (um tipo de massagem);
- Massagem;
- Terapia comportamental operante (um tipo de psicoterapia);
- Terapia cognitivo comportamental (um tipo de psicoterapia);
- Anti-inflamatórios simples (como ibuprofeno e diclofenaco);
- Preparações tópicas (aplicadas na pele) à base de pimenta-caiena – Capsicum frutescens;
- Cuidados biopsicossociais amplos.
O que não é recomendado para a maioria das pessoas:
- Tração (equipamentos e técnicas que prometem aliviar a pressão e a dor na coluna);
- Ultrassom terapêutico;
- Estimulação elétrica transcutânea (Tens);
- Cintos e suportes lombares;
- Remédios da classe dos opioides;
- Antidepressivos da classe dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina;
- Antidepressivos tricíclicos;
- Remédios da classe dos anticonvulsivantes;
- Remédios da classe dos relaxantes musculares esqueléticos;
- Remédios da classe dos corticoides;
- Anestésicos injetáveis;
- Garra-do-diabo – Harpagophytum procumbens (um fitoterápico);
- Salgueiro – Salix spp. (um fitoterápico);
- Perda de peso promovida especificamente por remédios contra a obesidade.
Apesar de bastante populares, as intervenções acima têm potencial para causar mais danos aos indivíduos do que benefícios, segundo avaliação da OMS.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal.
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