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Saúde8 fevereiro 2024

OMS lança manual com o que funciona e não funciona para dor nas costas

Esta é a primeira diretriz destinada a orientar a abordagem da lombalgia. Confira aqui os principais detalhes da publicação.

Dor nas costas pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo má postura, lesões, sobrecarga muscular, sedentarismo, excesso de peso, fatores psicossociais e condições médicas subjacentes, entre outros.  

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a dor nas costas é a principal causa de incapacidade em todo o mundo. Em 2020, cerca de 1 a cada 13 pessoas (ou 619 milhões de indivíduos) sofreu lombalgia. Isso representa um aumento de 60% em três décadas.  

Os números são tão alarmantes que a OMS divulgou, recentemente, as suas primeiras diretrizes sobre o tratamento do incômodo, mais especificamente a lombalgia. O documento, que conta com a assinatura de especialistas de diversas partes do mundo, enumera intervenções que os profissionais de saúde podem utilizar e também não utilizar.  

escoliose

O que funciona para dor nas costas: 

  • Educação/aconselhamento estruturado e padronizado; 
  • Programa estruturado de exercícios físicos; 
  • Acupuntura e outros métodos de agulhamento terapêutico; 
  • Terapia manipulativa espinhal (um tipo de massagem); 
  • Massagem; 
  • Terapia comportamental operante (um tipo de psicoterapia); 
  • Terapia cognitivo comportamental (um tipo de psicoterapia); 
  • Anti-inflamatórios simples (como ibuprofeno e diclofenaco); 
  • Preparações tópicas (aplicadas na pele) à base de pimenta-caiena – Capsicum frutescens; 
  • Cuidados biopsicossociais amplos. 

O que não é recomendado para a maioria das pessoas: 

  • Tração (equipamentos e técnicas que prometem aliviar a pressão e a dor na coluna);
  • Ultrassom terapêutico; 
  • Estimulação elétrica transcutânea (Tens); 
  • Cintos e suportes lombares; 
  • Remédios da classe dos opioides; 
  • Antidepressivos da classe dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina; 
  • Antidepressivos tricíclicos; 
  • Remédios da classe dos anticonvulsivantes; 
  • Remédios da classe dos relaxantes musculares esqueléticos; 
  • Remédios da classe dos corticoides; 
  • Anestésicos injetáveis; 
  • Garra-do-diabo – Harpagophytum procumbens (um fitoterápico); 
  • Salgueiro – Salix spp. (um fitoterápico); 
  • Perda de peso promovida especificamente por remédios contra a obesidade. 

Apesar de bastante populares, as intervenções acima têm potencial para causar mais danos aos indivíduos do que benefícios, segundo avaliação da OMS.

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal. 

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Referências bibliográficas

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