Sarin é um produto químico altamente venenoso, que age interferindo com a sinalização dentro do sistema nervoso e causando a morte. O gás tem sido cada vez mais utilizado em ataques terroristas.
Separamos algumas informações importantes sobre as origens, efeitos e tratamento do produto químico:
1. Originalmente um pesticida
Segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, Sarin foi desenvolvido em 1938 na Alemanha, inicialmente como um pesticida. Sarin, juntamente com alguns pesticidas e agentes nervosos, pertence a uma família de produtos químicos chamados organofosforados.
O sarin foi proibido pela Convenção sobre Armas Químicas em 1997.
2. Claro e incolor
Em sua forma líquida, o sarin é claro, incolor, inodoro e insípido. O produto químico pode evaporar, sendo “respirado” por pessoas próximas. Durante um ataque que aconteceu na Síria no dia 4 de abril deste ano, o sarin foi espalhado durante um ataque com bomba.
Quer receber diariamente notícias médicas no seu WhatsApp? Cadastre-se aqui!
3. Produto químico venenoso
O sarin age bloqueando a enzima das junções neuromusculares do corpo humano que desativa a acetilcolina, molécula de sinalização nervosa.
Sem essa “desativação”, a acetilcolina estimula repetidamente os receptores das células nervosas. Isso pode levar a acetilcolina a acumular-se nos músculos, causar espasmos excessivos e, em seguida, resultar em paralisia e, eventualmente, a morte.
O produto químico também pode atingir a mesma enzima nas glândulas, o que pode levar à liberação excessiva de fluidos. Por esta razão, pessoas expostas ao sarin (pelo contato ou inalação) podem experimentar diarreia, excesso de fluidos decorrentes dos olhos, narizes, bocas, glândulas sudoríparas e do trato urinário.
4. Tratamento
Dependendo da rota e dos níveis de exposição, sarin pode causar sintomas em poucos segundos. Indivíduos expostos ao produto devem se descontaminar rapidamente, removendo suas roupas, lavando a pele com água e sabão e boca e os olhos com água.
Para pacientes que sofrem de espasmos e paralisia, a atropina, que bloqueia receptores de acetilcolina, poupa os músculo do corpo de estimulação excessiva. A pralidoxima remove o sarin da enzima que impede a acumulação de acetilcolina. No entanto, ambos os medicamentos devem ser administrados em até 10 minutos após a exposição para ser eficaz.
Referências:
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.