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Saúde31 janeiro 2017

O que as Atléticas têm a nos ensinar

Muito mais do que fazer festas, recepções de calouros e movimentar a vida social nos ambientes universitários, as Atléticas têm muito a nos ensinar.

Por Colunista

Muito mais do que fazer festas, recepções de calouros e movimentar a vida social nos ambientes universitários, as Atléticas de Medicina têm muito a nos ensinar.

Cada vez mais acompanhamos a evolução e o crescimento das Atléticas dentro dos cursos de Medicina. Funcionam como uma empresa, possuem cargos e funções muito bem definidas. Seus participantes encaram essa responsabilidade a sério, mesmo sem receber nenhuma remuneração em troca, tendo sua recompensa ao ver a formação de um time competitivo, representando sua faculdade e suas tradições nas mais diversas competições organizadas entre eles. E por falar em competições, são raros os momentos durante o ensino superior que se vê tanta paixão pelo seu curso e tanta vontade de se doar ao máximo em prol do sucesso de sua equipe.

Para um dia se alcançar o sucesso de ver um time brilhar numa destas competições organizadas pelas Atléticas, é preciso muito esforço e dedicação durante o dia a dia. Elas estimulam os acadêmicos de medicina a treinarem modalidades esportivas regularmente, viabilizando locais de treino, professores e material, muitas vezes sendo bancados pelos próprios alunos e também pela arrecadação que conseguem ao realizar algum evento festivo, entre outros.

Este hábito de treinar, de praticar regularmente alguma atividade esportiva, torna-se cada vez mais importante no ambiente universitário, principalmente no ensino médico. Recentemente temos recebido resultados de pesquisa apontando informações alarmantes sobre a saúde do estudante de medicina. Um estudo britânico revelou que 1 em cada 7 estudantes de medicina já pensou em suicidar e que 30% dos estudantes de Medicina já teve algum problema de saúde mental.

O resultado disso a médio e longo prazo, é uma triste realidade que já vivenciamos, a profissão médica é a com maior índice de depressão, com constantes associações com burnout, e com significativo abandono de carreia/especialidade em busca de uma maior tranquilidade.

Os médicos já sofrem um alto nível de cobrança, necessitam trabalhar por largas cargas horárias, sobrando pouco tempo para cuidar da própria saúde e do bem-estar. Se os médicos desenvolvessem desde a graduação o hábito de praticarem atividades físicas, talvez muitos desses problemas poderiam ser atenuados.

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As Atléticas representam não só uma alternativa para questões de saúde do estudante de medicina e consequentemente para os médicos, mas também uma mudança de visão de como o Desporto Universitário é realizado no país. Nos Estados Unidos, as Ligas Universitárias movimentam bilhões e bilhões de dólares anualmente, sendo uma das campeãs de audiência no país. A diferença se vê no rendimento olímpico e no rendimento acadêmico que este país sempre demonstra.

Nos EUA, cada atleta recebe de estudos uma bolsa de acordo com o seu desempenho e com o interesse da Universidade/College nesse jogador. Essa bolsa varia entre 50 a 90% do valor da faculdade mais acomodação e alimentação.

Parte deste profissionalismo americano, pode ser visto em menor escala nos eventos esportivos promovidos pelas Atléticas de Medicina no Brasil. Ensaiadíssimas baterias ou charangas tocam e dançam sob o ritmo dos instrumentos. As cheerleaders e os mascotes têm coreografias para animar a torcida e incentivar a equipe. Os ginásios e os estádios, mesmo sem padrão profissional estão sempre lotados. Mesmo com todas as dificuldades de ser estudante e de ser atleta neste país.

E infelizmente, em vez de dar total apoio e incentivar a prática desportiva universitária, vemos recentemente, o descaso, a desonestidade e o desrespeito de movimentos que deveriam lutar pelos interesses dos estudantes de Medicina fazendo o contrário com as Atléticas.

Atitudes como estas são inaceitáveis e é preciso a união de todos para fortalecermos cada vez mais as práticas saudáveis no ambiente universitário.

A AEMED-BR tem iniciado um movimento de valorização das atléticas através de concursos culturais e agora através do Cadastro Nacional das Atléticas no link: www.aemed.org.br/atleticas. Vamos criar uma rede de compartilhamento de boas experiências, para que cada atlética possa ter acesso a atividades que outras atléticas realizam em todo o país.

A AEMED-BR acredita que fortalecer as atléticas é fortalecer o desporto universitário, é melhorar a qualidade de vida dos estudantes de Medicina, resultando em profissionais com bem-estar físico e mental. Conheça a AEMED! 

Veja abaixo uma galeria de foto das Atléticas que participaram do nosso concurso cultural.

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