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Saúde4 julho 2025

Nova variante do coronavírus XFG é detectada no Ceará

Sublinhagem recombinante da variante Ômicron do coronavírus circula em 38 países e já foi registrada em São Paulo e Fortaleza
Por Roberta Santiago

A Secretaria da Saúde do Ceará confirmou a detecção da nova variante do coronavírus XFG, identificada por meio do sequenciamento genético de sete amostras coletadas entre 14 de fevereiro e 4 de junho, em Fortaleza. Trata-se da primeira confirmação da sublinhagem no Nordeste. A XFG é classificada como uma Variante Sob Monitoramento (VUM) pela OMS desde 25 de junho, devido ao crescimento na proporção de casos, especialmente na Ásia.

A XFG é uma subvariante recombinante das linhagens LF.7 e LP.8.1.2, ambas oriundas da Ômicron. Todos os casos identificados no Ceará apresentaram sintomas leves, semelhantes a uma síndrome gripal comum. Um dos pacientes teve o vírus detectado após morte por infarto, sem quadro respiratório.

Saiba mais: Anvisa atualiza cepas das vacinas contra a covid-19

Vacinação

É importante destacar que a vacinação continua sendo eficaz e que a variante é imunoprevenível com os imunizantes já disponíveis, segundo afirma o secretário executivo de Vigilância em Saúde da SESA. Ele observa ainda que a positividade de testes aumentou de 0% para quase 10% nas últimas semanas, um sinal de atenção, embora ainda sem impacto assistencial.

A maior parte dos casos foi registrada entre adultos de 41 a 60 anos (4), seguidos por idosos (3), crianças (3), adolescentes e jovens (2), e adultos de 21 a 40 anos (1). As amostras foram processadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) a partir da vigilância sentinela hospitalar.

Nova variante do coronavírus XFG é detectada no Ceará

Manifestações clínicas e prevenção

A OMS indica que os sintomas da XFG permanecem semelhantes aos de outras sublinhagens da variante Ômicron do coronavírus: febre, dor de cabeça, tosse, fadiga e dores musculares, além de sintomas inespecíficos como dor de garganta e coriza. Até o momento, não há evidências de aumento da gravidade clínica nem de resistência aos antivirais conhecidos.

Em nota, o Ministério da Saúde e a Secretaria reforçam medidas de prevenção: uso de máscaras em locais fechados ou com aglomeração, ventilação adequada, higienização das mãos e atualização do esquema vacinal — incluindo a vacina bivalente para grupos prioritários.

A vacinação contra a Covid-19 permanece indicada para:

  • Bebês a partir de 6 meses e crianças até 5 anos (rotina do PNI);
  • Idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas (reforço a cada 6 meses);
  • Outros grupos vulneráveis a partir de 5 anos (dose anual);
  • Não vacinados anteriormente, em qualquer faixa etária, conforme disponibilidade.

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Referências bibliográficas

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