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Saúde31 agosto 2022

Nova opção de tratamento para hipertensão arterial pulmonar é incorporada ao SUS

Essa opção pode contribuir para a redução da piora clínica e o aumento da qualidade de vida dos pacientes com hipertensão arterial pulmonar.

Por Úrsula Neves

Mais uma alternativa para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP), foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se do uso associado da sildenafila e da bosentana. Ambos os medicamentos podem ser utilizados de forma conjunta ou isolada no tratamento da doença.   

Para a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), essa disposição pode contribuir para a redução da piora clínica e, consequentemente, para o aumento da qualidade de vida dos pacientes, assim como ser mais custo-efetiva para o SUS quando comparada aos demais medicamentos já incorporados, como o uso em monoterapia ou associações entre si. 

Hipertensão arterial pulmonar

O diagnóstico de hipertensão arterial pulmonar deve se basear na anamnese e nos resultados dos exames clínicos detalhados, sendo fundamental abordar toda a história de vida do paciente desde a sua infância. 

Em geral, há dificuldades para identificação da HAP, sendo reconhecida já em estágio relativamente avançado. Para o diagnóstico, além da avaliação dos sintomas, devem ser realizados exames, como ecocardiograma transtorácico, gasometria arterial, cintilografia pulmonar, testes de atividade física e pico do consumo de oxigênio, cateterismo cardíaco direito, entre outros. 

Os sintomas mais comuns da enfermidade são dispneia de esforço, fadiga, ortopneia, dispneia paroxística noturna, palpitações, síncope ou pré-síncope e hemoptise ou hemoptoicos. 

Desse modo, para escolher o medicamento mais indicado para o paciente, deve-se avaliar a resposta deste ao teste vasodilatador apurado na avaliação hemodinâmica e as características clínicas apresentadas. 

As causas podem estar associadas à existência de doenças de base, ao uso de determinadas drogas ou outras substâncias tóxicas ou ter fundo genético. 

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da HAP prevê o tratamento com a utilização de medicamentos, como nifedipino, anlodipino, sildenafila, iloprosta, ambrisentana e bosentana, que estão disponíveis gratuitamente no SUS. 

Além disso, o PCDT orienta medidas não farmacológicas, como restrição de sal na dieta, realização de atividades físicas com acompanhamento especializado e oxigenoterapia. 

Recomenda-se ainda que a gravidez seja evitada por mulheres com HAP, uma vez que a enfermidade aumenta o risco de óbito no período gestacional. 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.

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