O Ministério da Saúde divulgou a ampliação da rede de testagem de monkeypox no país. Os kits produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para os diagnósticos foram entregues na semana passada. Agora, os testes poderão ser realizados em 31 laboratórios de referência, sendo os 27 Lacens dos estados, além dos laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fiocruz no Rio de Janeiro e no Amazonas, além do Instituto Evandro Chagas, sediado em Belém, capital do Pará.
Foi registrado o oitavo óbito por varíola dos macacos no território nacional, mais especificamente em Divinópolis, Minas Gerais. De acordo com a pasta, o Brasil é o país com o maior número de vítimas pela enfermidade do mundo.
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Conforme dados divulgados pela Secretaria de Saúde de Minas, a vítima mais recente é uma pessoa de 33 anos, que já tinha comorbidade. Ela estava internada na capital e morreu no último sábado (22/10).
Até o momento, foram registrados três óbitos em Minas Gerais, dois em São Paulo e três no Rio de Janeiro. A indicação do Ministério da Saúde é que o teste molecular para diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes com suspeita de monkeypox.
Histórico de ações realizadas pelo Ministério da Saúde
No início de setembro, o Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e particulares em todo o Brasil.
Isso significa que todos os resultados de testes diagnósticos para detecção da monkeypox realizados por laboratórios das redes pública, particular, universitárias e quaisquer outros, sejam positivos, negativos ou inconclusivos, precisam ser notificados às autoridades do ministério de forma imediata, em até 24 horas.
O teste é capaz de detectar o material genético do vírus na amostra colhida de cada indivíduo. Para isso, ela deve ser coletada, preferencialmente, a partir da secreção das lesões purulentas. Quando estas já estão secas, as crostas podem ser retiradas e encaminhadas ao laboratório.
Para quem testou positivo, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até desaparecimento das crostas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste. Para os pacientes graves, o Ministério da Saúde disponibiliza 12 tratamentos e segue em tratativas para aquisições de outros antivirais.
No início do mês, o Brasil recebeu as primeiras 9,8 mil doses da vacina Jynneos/Imvanex, que foram adquiridas através do fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para a realização de estudos de efetividade. O quantitativo total que será adquirido pela pasta é de 49 mil doses, que serão recebidas em mais duas remessas.
Vale lembrar que os sintomas mais comuns de monkeypox são erupção cutânea ou lesões espalhadas pela pele; adenomegalia/linfonodos inchados, cefaléia, calafrios e fraqueza.
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