Está lançada a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que vai de 27 de maio a 14 de junho. A meta do Ministério da Saúde é vacinar ao menos 95% do público-alvo, o que significa por volta de 13 milhões de crianças menores de cinco anos.
A campanha vem para reforçar as medidas para a erradicação da doença, reduzindo o número de crianças não vacinadas e, consequentemente, o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil.
Alterações
Atualmente, as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) estão sendo substituídas por apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP). Ou seja, o esquema vacinal e a dose de reforço serão feitos exclusivamente com a VIP, a partir do segundo semestre de 2024. Todos os estados e municípios receberão as normas e diretrizes dessa alteração.
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No Brasil
Desde 1989, o Brasil não registra casos de poliomielite. Em 1994, recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, em 2023, o país recebeu da Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC) a classificação de “alto risco para a reintrodução do poliovírus”.
Essa classificação foi baseada no desempenho das coberturas vacinais, nos indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA) e na situação de contenção laboratorial dos poliovírus, entre outros fatores.
O Ministério da Saúde sugere a realização de um dia “D” para a divulgação e mobilização da campanha em todo o país. A data sugerida é 8 de junho, no entanto, estados e municípios têm a liberdade de escolher outras datas para essa ação, de acordo com suas necessidades locais.
A poliomielite
A poliomielite é transmitida pelo poliovírus e, apesar de ser mais frequente em crianças, também pode contaminar adultos. O meio de transmissão mais comum é pela via fecal-oral (através de objetos e alimentos mal lavados e água contaminada por fezes de pessoas infectadas).
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