Um novo estudo norte-americano, envolvendo pacientes com doença arterial coronária estável, indica que o uso de uma ferramenta clínica padronizada pode ajudar os médicos a serem mais precisos no reconhecimento e tratamento da angina.
A angina é uma questão importante para muitos pacientes com doença arterial coronária estável. No entanto, para os pesquisadores, não há uma maneira padronizada de avaliação da dor, o que leva o médico a contar apenas com as formas típicas para avaliar – uma entrevista não estruturada com o paciente.
O estudo envolveu pacientes adultos com diagnóstico de doença isquêmica do coração, entre abril de 2013 e julho de 2015, nos Estados Unidos. Os participantes completaram um questionário antes da consulta e caracterizaram sua angina como “não existente”, “mensal” ou “diário/semanal”. Após a visita, os médicos quantificaram a angina dos pacientes.
Entre 1.257 pacientes com DAC (idade média de 69 anos; 60,3% do sexo masculino), 411 relataram ter angina. Destes, 173 (42%) não tiveram sua angina reconhecida pelo médico, que relatou uma frequência mais baixa do que o paciente.
Com base nos resultados, os pesquisadores concluíram que esse “não-reconhecimento” da angina é comum na prática clínica de rotina. A grande variação entre os médicos sugere que alguns são mais precisos na avaliação de frequência angina do que outros.
Por isso, um questionário como o apresentado durante o estudo ou outra ferramenta validada deve ser testado como um método para melhorar o reconhecimento e, potencialmente, o tratamento de angina.
Referências:
- Arnold SV, Grodzinsky A, Gosch KL, et al. Predictors of physician under-recognition of angine in outpatients with stable coronary artery disease. Circ Cardiovasc Qual Outcomes 2016.
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