Grande parte da população consome sódio em excesso, o que pode trazer riscos de hipertensão arterial e de doença coronariana, por exemplo, de acordo com projeções de diversos estudos, como de Bibbins-Domingo et al.
Pensando nisso, uma pesquisa, realizada nos Estado Unidos, procurou entender como isso acontece para elaborar estratégias para a diminuição desse consumo. Os resultados mostraram que mais de dois terços (70,9%) do consumo total de sódio da amostra aconteceu em comidas fora de casa, o que corrobora a recomendação do Instituto de Medicina 2010 para a redução de sódio em alimentos processados comercialmente.
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Apesar de recomendações como esta aparecerem em diretrizes americanas desde 1980, o consumo em excesso desse elemento não diminuiu ao longo dos anos. O estudo atual apresentou os mesmo achados de Mattes e Donnelly em 1991, que encontraram sódio: nos alimentos fora de casa (comercialmente), inerente ao alimento, no sal adicionado ao alimento na mesa, no sal adicionado na preparação de alimentos caseiros e o da água consumida como bebida, fora e dentro de casa.
No último estudo, o inerente ao alimento foi o segundo maior contribuinte no consumo de sódio (14,2%), seguido pelo sal da culinária caseira (5,6%), pelo adicionado à comida na mesa (4,9%) e, por fim, a água da torneira doméstica (que é consumida como bebida) e os antiácidos (menos de 0,5% cada).
Participaram da pesquisa 450 adultos de três áreas metropolitanas dos Estados Unidos, recrutados em proporções iguais de homens e mulheres, e de grupos étnicos (negros, asiáticos, hispânicos e brancos não hispânicos).
Veja também: ‘Especial hipertensão: quando a investigação deve ir além do trivial’
Referência:
- https://circ.ahajournals.org/content/135/19/1775
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