O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz lançaram o programa de formação modular Hanseníase na Atenção Primária à Saúde, que conta com três cursos que podem ser realizados e certificados de forma independente ou completa.
Produzido pela Escola de Governo Fiocruz Brasília, através da Secretaria Executiva do Sistema Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), o programa visa qualificar os profissionais de saúde e gestores no enfrentamento da doença.
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Hanseníase na Atenção Primária
A formação modular é composta por três cursos que giram em torno sobre o diagnóstico e o tratamento da hanseníase, com destaque à prevenção de incapacidades físicas e reabilitação; a redução do estigma e discriminação no processo de trabalho; e a gestão do Programa de Hanseníase do Ministério da Saúde, considerando os marcos legais, contexto epidemiológico e estratégias necessárias para o controle da enfermidade no Brasil.
Confira a seguir informações sobre cada módulo:
1 – O cuidado integral em hanseníase
O conteúdo vai abranger desde o diagnóstico, com destaque ao tratamento oportuno da enfermidade, até a prevenção e o tratamento das incapacidades físicas.
Carga-horária: 40h
Para se matricular e acessar o curso, clique aqui.
2 – Inclusão social por meio do enfrentamento ao estigma e da discriminação
O curso incentiva o pensamento crítico e reflexivo sobre o processo de cuidado em hanseníase, incentivando o enfrentamento do estigma e a redução da discriminação nos cenários de práticas da Atenção Primária à Saúde (APS), com o objetivo de promover a construção da autonomia dos indivíduos afetados pela doença.
Carga-horária: 10h
Para se matricular e acessar o curso, clique aqui.
3 – O programa de hanseníase nas políticas públicas de saúde no Brasil
Esse módulo traz informações sobre a gestão do Programa de Hanseníase do Ministério da Saúde, considerando os marcos legais, o contexto epidemiológico e as medidas para o controle da enfermidade no país.
Carga-horária: 10h
Para se matricular e acessar o curso, clique aqui.
Inscrições gratuitas
Todos os cursos são gratuitos e os interessados podem se inscrever nos links direcionados. As inscrições estão abertas até o dia 30 de junho de 2022.
Subnotificação dos casos e atraso nos diagnósticos
Um dos maiores desafios para a erradicação da hanseníase é o atraso no diagnóstico. E com o impacto da pandemia de Covid-19, eles despencaram, aumentando a preocupação dos especialistas.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o Brasil diagnosticou 15.155 novos casos de hanseníase em 2021, índice abaixo do registrado em 2020, de 17.979 casos. Nos últimos dois anos, o número de casos foi bem menor quando comparado ao ano anterior à pandemia: 27.864.
Em 2020, foram reportados à Organização Mundial de Saúde (OMS) 127.396 novos casos da enfermidade. Desses, 19.195 (15,1%) ocorreram na região das Américas, sendo 17.979 notificados no Brasil: o que corresponde a 93,6% do número de casos novos do continente.
Especialistas acreditam que esses baixos índices estão associados à subnotificação da hanseníase devido à dificuldade na manutenção da oferta dos serviços e atendimento especializado.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências bibliográficas:
- UNA-SUS: Hanseníase na Atenção Primária à Saúde é tema de formação modular. CONASEMS. https://www.conasems.org.br/una-sus-hanseniase-na-atencao-primaria-a-saude-e-tema-de-formacao-modular/
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