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Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta em que estabelece uma possível relação entre o câncer de pele não-melanoma e o uso prolongado da hidroclorotiazida – anti-hipertensivo da classe dos diuréticos que, sem dúvida. Mas e agora? Devo suspender da prescrição dos meus pacientes?
Segundo a agência, “a descoberta foi realizada por meio de estudos que demonstraram uma associação dose-dependente cumulativa — que ocorre quando a dose utilizada de um determinado medicamento está diretamente relacionada com seus efeitos — entre o medicamento em questão e o câncer de pele não-melanoma”.
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A nota diz ainda que a hidroclorotiazida facilita a absorção dos raios solares aumentando as chances do desenvolvimento do câncer de pele não-melanoma. Vale ressaltar que esse é o câncer mais comum no Brasil, sendo prevalente em indivíduos de pele clara com exposição excessiva ao sol.
Entretanto, a orientação da Anvisa é que o tratamento não seja interrompido. Mas que o médico assistencialista avalie o uso dessa medicação em seus pacientes com mais essa nova informação. Além disso, deve esclarecer sobre o risco do uso prolongado. Nesse sentido, deve-se monitorar o benefício do medicamento, principalmente, naqueles pacientes de pele clara, com exposição solar excessiva e em uso contínuo da medicação já a longo prazo.
Nesses pacientes com controle ideal da pressão arterial e dos problemas circulatórios como o edema e que a suspensão da hidroclorotiazida cause prejuízos, a atenção deve se redobrar na prevenção. Orientá-los a observar com mais cuidado lesões de pele suspeitas, limitação a exposição a luz e o uso de protetor solar frequente. Orientações nesse sentido reforçam a proteção e a possibilidade de diagnóstico precoce.
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