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Saúde20 agosto 2024

Estudo sugere que origem geográfica pode afetar risco de infecção por tuberculose

Análise recente considerou a infectividade de diferentes cepas de tuberculose e suas áreas de disseminação 

Estudo conduzido por pesquisadores de Harvard e publicado na revista Nature Microbiology apresentou evidências de que a localidade geográfica de origem tanto do vírus quanto do humano influenciam no risco de infecção por tuberculose. 

De acordo com os dados apresentados, linhagens de Mycobacterium tuberculosis restritas a certas regiões teriam maio infectividade em hospedeiros que compartilham a mesma área geográfica. 

Estudo sugere que origem geográfica pode afetar risco de infecção por tuberculose

Imagem de pressfoto/freepik

O estudo 

Os pesquisadores utilizaram dados genômicos de patógenos e rastreamento de contatos de 2.279 casos de tuberculose vinculados a 12.749 contatos de três cidades de baixa incidência (Nova York, Amsterdã e Hamburgo) para verificar se linhagens de Mycobacterium tuberculosis geograficamente restritas seriam menos transmissíveis do que as linhagens com uma distribuição global mais ampla. 

A análise mostrou que a taxa de infecção de contatos de pessoas infectadas por uma linhagem geograficamente restrita foi 14% menor em comparação àqueles expostos a uma linhagem mais distribuída globalmente. A taxa de desenvolvimento de tuberculose também foi 45% no primeiro grupo. 

Leia também: Retratamento e desfechos de tratamento de tuberculose: análise nacional 

Quando um contato era exposto a um patógeno não correspondente ao histórico geográfico de origem da pessoa a possibilidade de infecção caia 38% quando comparada a uma pessoa exposta a uma linhagem geograficamente restrita de uma região que correspondia ao seu local de origem. 

Conclusões dos autores 

De acordo com os pesquisadores essa afinidade entre patógeno e hospedeiro aponta para uma evolução conjunta de humanos e microrganismos com aspectos biológicos os tornando mais compatíveis e aumentando o risco de infecção. 

“Essas descobertas reforçam o quão importante é entender o que faz com que diferentes cepas de tuberculose se comportem de forma tão diferente umas das outras, e por que algumas cepas têm uma afinidade tão próxima por grupos específicos e relacionados de pessoas”, disse Matthias Groeschel, um dos autores do estudo. “Há muito mais a aprender sobre como isso pode impactar a eficácia de medicamentos, vacinas e o curso que a doença toma em diferentes cepas”, complementou. 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.

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Referências bibliográficas

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