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As previsões para a saúde no mundo inteiro convergem para o mesmo ponto: inteligência artificial. A partir do momento que alguns profissionais se familiarizaram com essa ideia, uma segunda questão começou a surgir: quando essa realidade vai nos atingir?
Gráficos como o deste artigo mostram datas previstas para que a inteligência artificial seja uma realidade no nosso cotidiano, mas ainda assim é um exercício de futurologia, ou seja, pode acontecer exatamente como se prevê ou de maneira completamente diferente.

Nesse ponto outra pergunta mais instigante emerge: como vai ser o caminho até lá? Ou seja, como na prática as coisas vão acontecer e qual o papel dos profissionais médicos de hoje?
A resposta é curta, mas muito ampla em seu significado: inovação. E a melhor parte disso é qualquer um, de profissionais no mercado de trabalho há anos até acadêmicos, pode envolver-se com isso. E se o fizerem em conjunto, melhor ainda.
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A realidade da atenção à saúde do paciente é uma caixa com um número enorme de desafios e problemas com soluções muitas vezes criadas há quase um século, e que apesar de eficazes em sua maioria, merecem ser iluminadas e revisadas no novo ambiente tecnológico onde encontram-se médicos e pacientes hoje em dia. Todo o profissional médico que escreve um artigo científico entende o trabalho de coletar dados e analisá-los, criando conhecimento e conteúdo médico de qualidade; e uma grande mudança nesse processo é nossa capacidade atual de coletar esses dados, para testar novas hipóteses e revisarmos nossos processos.
Um exemplo prático: o jejum pré-operatório de oito horas para pacientes foi estabelecido na década de 40 no século passado. Muitos autores questionam esse paradigma hoje e sugerem novas condutas que melhoram a experiência do paciente sem prejudicar a segurança dos procedimentos cirúrgicos. Como provar isso com um volume de dados suficiente para quebrar o paradigma? A resposta é: com uso massivo da tecnologia da informação reunindo dados de maneira rápida, multicêntrica e em grande volume.
Qual verdade absoluta na sua área de atuação ou escola você gostaria de testar? A inteligência artificial é para amanhã. Inovar é para agora, e é com você.
Autoria

Diogenes Silva
Anestesiologista, MBA em Gestão Hospitalar, sócio-fundador e CEO da Anestech Innovation Rising, startup ganhadora de vários prêmios nacionais, investida pelo Laboratório de Inovação do Hospital Albert Einstein e incubada no MIDI Tecnológico ACATE e Florianópolis. Diretor técnico da Anestex Clínica de Anestesiologia, atua com ênfase em anestesia segura, gestão de riscos, acompanhamento de eventos adversos e informação com mobilidade, armazenamento de dados em nuvem e data mining, business intelligence com viés cirúrgico, machine learning e Inteligência Artificial em anestesiologia. Autor de diversos apps para anestesiologia, consultor de projetos digitais em saúde e autor de artigos sobre o tema.
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