Desde 2019, 85 mil brasileiros já passaram por cirurgia para tratar glaucoma
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o glaucoma é uma doença silenciosa que afeta de 1% a 2% da população geral brasileira. Considerada a maior causa de cegueira irreversível no mundo, sua incidência aumenta após os 40 anos, chegando a mais de 6% após os 70 anos. Alguns estudos também demonstraram uma incidência maior em algumas populações como pretos e pardos (3,8%) quando comparados com a população branca (2,1%).
Glaucoma no Brasil
Ainda de acordo com dados da entidade, 300 mil brasileiros passaram por acompanhamento e tratamento devido ao risco de perda de visão por causa do glaucoma, entre 2019 e 2023. No mesmo período por volta de 85 mil pessoas passaram pela cirurgia de glaucoma no país, o estado com maior número de cirurgias é São Paulo (18.545), seguido por Pará (15.230), Pernambuco (8.847), Rio de Janeiro (8.809) e Minas Gerais (8.657).
Considerando apenas o tratamento clínico, o Nordeste aparece como a região com maior número de casos, seguida por Sudeste e Sul.
Prevenção
“A detecção precoce e o acompanhamento médico, com o monitoramento da pressão intraocular; a realização de exames, como campimetria e tomografia; e o uso de medicamentos adequados e de tratamentos a laser ou cirúrgicos são fundamentais para manter a estabilidade da doença e proteger a visão em longo prazo”, afirma a entidade.
O CBO também alerta ainda que, apesar do aumento da pressão intraocular ser considerado como o principal fator de risco para o glaucoma, ele não é o único. Devem entrar no cálculo de risco: antecedentes familiares, alta miopia e alta hipermetropia e idade.
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A maior parte dos pacientes diagnosticados com glaucoma consegue estabilizar o quadro por meio do uso de medicações no formato de colírio. Entretanto, dependendo do nível de acometimento, a cirurgia passa a ser a opção indicada para tratar a doença.
Para o conselho, a disponibilidade de diferentes métodos para diagnóstico e tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) tem ajudado a reduzir significativamente as chances de pacientes desenvolverem quadros graves, com perda de visão irreversível. Sendo que a cirurgia também é de cobertura obrigatória por planos de saúde.
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