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Saúde8 junho 2021

Covid-19: OMS aprova uso emergencial das vacinas CoronaVac e Sinopharm

O uso emergencial das vacinas CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, e da Sinopharm foi aprovado pela OMS.

Por Úrsula Neves

O uso emergencial das vacinas CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, e da Sinopharm, da farmacêutica estatal chinesa com o mesmo nome, foi aprovado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para adultos a partir de 18 anos.

O imunizante da Sinopharm, uma das duas principais vacinas chinesas que coletivamente já foram administradas em centenas de milhões de indivíduos na China e no exterior, foi a primeira vacina contra a Covid-19 desenvolvida por um país não ocidental a ganhar o apoio da OMS.

Esta também é a primeira vez que a OMS concedeu aprovação para uso emergencial de qualquer vacina chinesa para doenças infecciosas. Dias depois veio o anúncio da CoronaVac.

Leia também: CoronaVac é mais eficaz com intervalo maior entre doses, diz laboratório

Apresentando em alguns aspectos uma tecnologia mais avançada, os frascos da Sinopharm vêm com um adesivo que altera a cor quando a vacina é exposta ao calor, permitindo que profissionais da saúde identifiquem o estado do imunizante.

Assim como a CoronaVac, a Sinopharm também é uma vacina inativada.

Covid-19: OMS aprova uso emergencial das vacinas CoronaVac e Sinopharm

Resultados

A OMS considerou dados de eficácia da CoronaVac que mostraram que o seu uso preveniu casos sintomáticos de Covid em 51% dos vacinados e casos graves da doença em 100% da população estudada. Essas taxas correspondem às divulgadas pelo Instituto Butantan em janeiro. Entretanto, dados posteriores apontaram que o imunizante tinha uma efetividade menor. Dados esses que foram contestados pelo instituto paulista.  

Ao aprovar o uso emergencial da CoronaVac, a OMS considerou que poucos participantes com mais de 60 anos haviam sido incluídos nos ensaios clínicos, e, por isso, a eficácia não pôde ser estimada para este grupo.

A entidade internacional não recomendou um limite máximo de idade para a vacina, uma vez que informações vindas depois da realização dos testes, em diversos países, e de imunogenicidade sugerem que o imunizante provavelmente tem um efeito protetor em pessoas idosas, em um esquema de duas doses com um espaçamento de 2 a 4 semanas.

Já no caso da Sinopharm, a vacina segue um cronograma de duas doses com um espaçamento de três a quatro semanas. A eficácia da vacina para a doença sintomática e hospitalizada foi estimada em 79%.

Estudo aponta para redução de casos e hospitalizações 

Um estudo realizado pelo Butantan em Serrana, no interior de São Paulo, que vacinou 95,7% da população com a CoronaVac, apontou que o número de casos sintomáticos de Covid-19 teve uma redução de 80%, enquanto as hospitalizações caíram 86%.

Em abril, Serrana já observava uma queda expressiva na incidência da doença. Após registrar 699 casos em março, o número caiu para 251. Os óbitos passaram de 20 para 6 no mesmo período. Para os pesquisadores, o controle da pandemia aconteceu depois que 75% da população recebeu a segunda dose.

China aprova uso emergencial da CoronaVac em crianças

Enquanto isso, as autoridades chinesas aprovaram o uso emergencial da CoronaVac em crianças e adolescentes de três a 17 anos.

O presidente da farmacêutica, Yin Weidong, indicou que após os ensaios clínicos foi identificado que a aplicação nessa faixa etária “é tão segura e eficiente quanto para adultos”, segundo a mídia chinesa Global Times.

Saiba mais: Aprovadas as vacinas Coronavac e Oxford pela Anvisa

A China tornou-se o 48º país, região ou organização internacional a aprovar o uso da CoronaVac, de acordo com a OMS. Até o momento, a Sinovac forneceu mais de 600 milhões de doses de vacinas acabadas ou semiacabadas para quase 40 países e regiões.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

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