Uma pessoa foi internada em estado crítico na Louisiana, EUA, com um caso grave de gripe aviária H5N1, o primeiro registrado no país, segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC). O paciente, com mais de 65 anos e outras comorbidades, permanece hospitalizado sob cuidados intensivos.
Com este novo registro de infecção pelo H5N1, o total de casos de gripe aviária em humanos nos Estados Unidos em 2024 chega a 61. Até agora, os outros casos apresentaram apenas sintomas leves, com recuperação domiciliar. No mês passado, um jovem no Canadá também foi hospitalizado após contrair a gripe aviária. Investigações indicam que o paciente da Louisiana teve contato com aves doentes e mortas em uma criação doméstica, e não há relatos de transmissão de humano para humano.
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Estudos revelaram que o vírus H5N1 presente no paciente pertence ao genótipo D1.1, recentemente identificado em aves selvagens e de criação nos EUA e no Canadá. Esse genótipo difere do B3.13, associado a surtos leves, como casos de conjuntivite, registrados em fazendas leiteiras desde março desse ano.
Precaução
A melhor forma de prevenir a gripe aviária H5 é evitar a exposição sempre que possível. Aves infectadas eliminam os vírus da gripe aviária A na saliva, muco e fezes. Outros animais infectados podem eliminar os vírus em secreções respiratórias e outros fluidos corporais (por exemplo, leite cru não pasteurizado).
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Parículas do vírus H5N1 (em dourado). Imagem de CDC.Gripe aviária no Brasil
Em setembro, o Instituto Butantan fez a solicitação à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para que se iniciem testes de uma vacina contra a gripe aviária em humanos.
Em 2023, o Ministério da Saúde brasileiro chegou a decretar emergência zoossanitária por um crescimento no número de casos de H5N1 em aves selvagens e registro de alguns casos suspeitos em humanos, mas que acabaram descartados.
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