Logotipo Afya
Anúncio
Saúde25 julho 2025

Cirurgia reparadora de mama pelo SUS é ampliada para além do câncer

Medida amplia acesso ao procedimento para além do câncer, reconhecendo o impacto físico e emocional de mutilações de mama
Por Roberta Santiago

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, no dia 18 de julho, uma nova lei que amplia o direito à cirurgia reconstrutiva de mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Antes restrita a mulheres em tratamento oncológico, a cirurgia agora passa a ser garantida a qualquer paciente que tenha sofrido mutilação total ou parcial das mamas, independentemente da causa.

Saiba mais: Mudanças da ANS para o rastreamento do câncer de mama: o CFM está preocupado?

A alteração, publicada no Diário Oficial da União, decorre de projeto de lei da senadora Margareth Buzetti e representa uma mudança significativa no cuidado integral à saúde da mulher. A partir de agora, pacientes que tenham tido as mamas comprometidas por tumores benignos, acidentes ou violência física também poderão acessar a cirurgia plástica reconstrutiva pelo SUS, com suporte psicológico e equipe multidisciplinar.

Obrigação no setor privado

A nova legislação também se estende ao setor privado. As operadoras de planos de saúde passam a ser obrigadas a oferecer o procedimento por meio de suas redes conveniadas, deixando de limitar a cobertura apenas a casos de câncer. A lei estabelece ainda que a cirurgia deve ser uma escolha da paciente, com consentimento informado, respeitando sua autonomia.

Leia ainda: Uma em cada três mulheres com câncer de mama tem menos de 50 anos

Além de ampliar o acesso ao cuidado estético e funcional das mamas, a medida contribui para a redução de judicializações, hoje comuns em situações em que pacientes recorrem à Justiça para garantir o procedimento fora do contexto oncológico.

A nova norma devolve dignidade a milhares de mulheres e contribui para desafogar tanto o SUS quanto o Judiciário. Para médicos, a mudança reforça a importância de considerar aspectos físicos e psicológicos no acompanhamento de mulheres que enfrentam mutilações mamárias, independentemente da etiologia.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Referências bibliográficas

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Saúde