Logotipo Afya
Anúncio
Saúde3 dezembro 2025

Brasil elimina transmissão vertical do HIV e registra menor mortalidade em 32 anos

Avanços no combate ao HIV resultam da ampliação da testagem, modernização do tratamento e fortalecimento das políticas de prevenção no SUS 

O Brasil alcançou dois marcos históricos no enfrentamento ao HIV: a eliminação da transmissão vertical, quando o vírus passa da mãe para o bebê, e a menor taxa de mortalidade por aids em mais de três décadas. Os dados constam do Boletim Epidemiológico HIV e Aids 2025, divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate à aids. 

Segundo o documento, o número de mortes por AIDS caiu 13% entre 2023 e 2024, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil óbitos, o menor registro desde o início da série. Os casos de aids também diminuíram 1,5% no período. Para o ministro da saúde, Alexandre Padilha, os resultados refletem o impacto direto da ampliação da testagem e do acesso precoce ao tratamento. “O SUS oferece gratuitamente tecnologias modernas que tornam o vírus indetectável e intransmissível, salvando vidas e garantindo o fim da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou.

Saiba mais: IAS 2025: Novas recomendações da OMS para tratamento de HIV e PrEP

A eliminação da transmissão vertical foi confirmada após o país manter taxa de infecção abaixo de 2% e incidência inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos, critérios internacionais da OMS. Em 2024, o Brasil também registrou redução de 7,9% nos casos de gestantes com HIV e queda de 4,2% no número de crianças expostas. 

Leia também: Vacina contra hepatite A é ampliada para usuários de PrEP no SUS 

Brasil elimina transmissão vertical do HIV e registra menor mortalidade em 32 anos

Prevenção contra o HIV

Os avanços estão diretamente ligados à expansão da prevenção combinada. O uso da PrEP cresceu mais de 150% desde 2023, alcançando 140 mil usuários. No diagnóstico, o Ministério ampliou a oferta de testes rápidos e distribuídos autotestes, reforçando a detecção precoce. No tratamento, mais de 225 mil pessoas utilizam o comprimido único de lamivudina + dolutegravir, regime de alta eficácia e melhor adesão. 

Para fortalecer a participação social, o Ministério da Saúde lançou editais que somam R$ 9 milhões destinados a organizações civis que atuam na resposta ao HIV. Em Brasília, também foi inaugurada a exposição “40 anos da história da resposta brasileira à aids”, que integra a campanha Dezembro Vermelho e celebra quatro décadas de políticas públicas, mobilização social e avanços científicos. 

Leia ainda: Lenacapavir e a discussão sobre vacina contra o HIV

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.

Autoria

Foto de Roberta Santiago

Roberta Santiago

Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Referências bibliográficas

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Saúde