Brasil é certificado como país livre do sarampo
Na última terça-feira, 12 de novembro, o Brasil voltou a receber o certificado de país livre do sarampo. Após perder a certificação em 2018, devido às baixas coberturas vacinais que permitiram a volta da transmissão da doença em território nacional, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) entregou novamente ao governo o certificado.
“Esse diploma é resultado da força da retomada e da competência do sistema de vacinação brasileiro”, declarou o presidente Lula na cerimônia de entrega. Também presente, a ministra da saúde, Nísia Trindade, afirmou que o acontecimento “reflete o movimento nacional de gestores, da comunidade científica, da vigilância em saúde e do parlamento, todos empenhados em fortalecer a vacinação e a saúde pública. Esse reconhecimento é uma conquista coordenada pelo governo federal, mas resultado do esforço conjunto de muitas frentes e do nosso SUS”.
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Sarampo no Brasil
Em 2019, com a baixa vacinal, o vírus do sarampo voltou a circular em território brasileiro se tornando endêmico no país. Foram 39.779 casos confirmados entre 2018 e 2022.
Em 2023 ocorreu uma intensificação das ações de eliminação do sarampo no Brasil. Com investimentos no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e em programas educativos.
Para ser recertificado, o Brasil teve que comprovar que não ocorreu transmissão de sarampo no seu território no último ano, além de fortalecer sua vigilância epidemiológica e programas vacinais.
Importância da vacinação
O Ministério da Saúde, a Opas e entidades médicas reforçam que, mesmo com o certificado, é necessário manter a vigilância e reforçar a importância da vacinação. Embora a cobertura da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, tenha aumentado nos últimos anos, estando em 92,3% em 2024 (para a primeira dose), ela ainda está abaixo da meta de 95%. E a segunda dose ainda está na casa dos 80%.
A certificação de um território como livre do sarampo, não significa que a doença não pode aparecer no país. De acordo com dados do Ministério da Saúde dois casos importados foram confirmados em 2024. Um em janeiro, no Rio Grande do Sul em um paciente proveniente do Paquistão, e o outro caso for registrado em agosto em Minas Gerais, importado da Inglaterra.
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