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Saúde3 dezembro 2021

Boas práticas em cardiologia e urgências cardiovasculares são implementadas em hospitais e UPAs

Para reduzir a mortalidade por doenças cardiovasculares, o Ministério desenvolveu um programa de boas práticas na atenção à cardiologia.

Por Úrsula Neves

Para reduzir os índices de mortalidade de doenças cardiovasculares no país, o Ministério da Saúde desenvolveu um programa de boas práticas na atenção à cardiologia e urgências cardiovasculares nos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) do país.

O programa é oferecido em 150 unidades de pronto-atendimento 24h, além de 15 hospitais de todas as regiões brasileiras em parceria com Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo.

As capacitações são destinadas a todos os profissionais envolvidos no atendimento ao paciente com doenças cardiovasculares, como médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.

“A pasta trabalha para qualificar e melhorar os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O apoio à implantação da Linha de Atenção em Urgências Cardiovasculares visa garantir que o paciente com infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAM c/SST) receba a terapia de reperfusão em tempo adequado, com acesso à terapia intensiva e ao tratamento e estratificação complementares”, explicou a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência do Ministério da Saúde, Adriana Melo Teixeira, em entrevista ao portal do Ministério da Saúde.

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Saiba mais sobre o projeto

O projeto é dividido em dois núcleos com duração de 13 meses cada:

  1. Pré-hospitalar realizado em 150 UPAs 24h;
  2. Quinze hospitais de todas as regiões do país.

Ambos visam apoiar o monitoramento da prática clínica em urgências cardiovasculares e a implementação de diretrizes assistenciais em síndrome coronariana aguda.

No Triênio 2021-2023, o núcleo de eletrocardiograma do projeto vai beneficiar as UPAs 24h da rede de atenção às urgências. As instituições hospitalares foram selecionadas geograficamente com o objetivo de cobrir os vazios assistenciais do país.

Benefícios ao SUS

O projeto impacta diretamente na estruturação do SUS e nos pacientes atendidos, o que reflete na adesão ao tratamento de infarto agudo do miocárdio preconizado pelas principais diretrizes e na melhora nos tempos de atendimento inicial, mensurados por três indicadores:

  1. Porta-ECG: momento de chegada do paciente à UPA até a realização do eletrocardiograma;
  2. Porta-agulha: tempo de chegada do paciente até o recebimento do trombolítico;
  3. Porta-balão: tempo de chegada do paciente até a realização da angioplastia.

Com isso, as unidades hospitalares e as UPAs 24h ganham em termos de redução de internação, morbidade, mortalidade e até mesmo custos.

Além do acompanhamento para compreender a situação de cada unidade, os gestores realizam reuniões mensais com relatórios para as UPAs e hospitais públicos, e seus respectivos gestores e sessões de aprendizagem virtual através de aulas online ao vivo.

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A líder do projeto e cardiologista do Hcor, Camila Rocon, ressaltou que o infarto agudo do miocárdio pode estar relacionado à insuficiência cardíaca, aparecimento de arritmias e AVC, o que eleva as chances de internação e risco de óbito.

“Atender precocemente esses pacientes resulta em melhores resultados, menor morbidade e menor mortalidade para esses pacientes. Tempo é músculo, como se diz na cardiologia. A área que deixa de ser irrigada no coração pode morrer e, se não for abordada precocemente, aquela área não volta a funcionar e o paciente poderá ter muitas complicações”, concluiu.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

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