Apesar de 2,2 milhões de brasileiros terem iniciado a vacinação contra a dengue, menos da metade retornou para tomar a segunda dose, essencial para a proteção completa. Segundo o Ministério da Saúde, a baixa adesão, especialmente entre público-alvo (crianças e adolescentes de 10 a 14 anos), preocupa as autoridades de saúde.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente alerta que a vacina é um importante avanço no combate à dengue, mas não substitui as medidas de prevenção. Pais e responsáveis devem levar seus filhos para tomar as duas doses da vacina, garantindo assim a melhor proteção contra a doença.
Já foram distribuídas 4,7 milhões de doses para todo o país, mas a capacidade de produção da vacina ainda é limitada. Por isso, é fundamental que a população continue a adotar medidas preventivas, como o combate aos mosquitos transmissores, além de completar o esquema vacinal.
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Índices de aplicação de segunda dose da vacina por estado
Quando separados por estados, os dados preliminares aproximados do Departamento do Programa Nacional de Imunizações divulgados pelo governo mostram uma situação ainda mais alarmante. Apenas o Rio de Janeiro chegou aos 60% de aplicações de segunda dose da vacina, enquanto São Paulo, o estado com maior número de casos de dengue no ano, não chegou aos 25% de retorno para segunda dose. Minas Gerais, o segundo estado mais afetado, ficou em 11% e Brasília, que durante o ano mantém o maior coeficiente de incidência para dengue, parou nos 36%.
Nos outros estados a situação não é muito diferente: Acre (22%), Amapá (35%), Amazonas (16%), Bahia (28%), Espírito Santo (25%), Goiás (27%), Maranhão (22%),. Mato Grosso do Sul (32%), Paraíba (23%), Paraná (35%), Pernambuco (11%), Piauí (34%), Rio Grande do Norte (30%), Roraima (12%), Santa Catarina (33%), Sergipe (14%), Tocantins (19%). Contudo, Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Rio de Grande do Sul ficaram abaixo dos 10% de aplicação de segunda dose, e Pará e Rondônia não chegaram a 1% do público retornando para segunda dose.
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Dengue em 2024
De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses com dados até o dia 21 de setembro, só neste ano foram 6.383.823 casos prováveis de dengue notificados, gerando um coeficiente de incidência de 3.143,8 casos por 100 mil habitantes, com 5.362 óbitos confirmados e 1.796 ainda sob investigação.
Devido ao alto número de casos em 2024 (praticamente seis vezes mais do que em 2023 inteiro), e a previsão de chuvas a partir de novembro que junto ao aumento das temperaturas facilitam o surgimento de focos de dengue, devido ao acúmulo de água parada, o governo decidiu antecipar as campanhas de prevenção contra dengue, estão previstos investimentos de R$ 1,5 bilhão no combate a doença, com recursos destinados a vacinas, portarias emergenciais com planos de ação, testes rápidos, métodos de tecnologia e pesquisa e desenvolvimento.
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