A Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou a suspensão imediata da comercialização e do uso de um lote de furosemida injetável fabricado pela Hypofarma. A medida foi publicada no Diário Oficial da União após a confirmação da presença de fragmentos semelhantes a cacos de vidro dentro das ampolas do medicamento.
O problema foi identificado em 14 de julho de 2025 pela Vigilância Sanitária Municipal de Jaraguá do Sul (SC), que registrou imagens e emitiu um parecer técnico. O lote afetado, de número 24111911 e validade até novembro de 2026, passou a ser recolhido preventivamente pela fabricante.
A furosemida injetável 10 mg/mL, comercializada em caixas com 100 ampolas de 2 mL, é um diurético amplamente utilizado em hospitais e clínicas para tratar edemas, insuficiência cardíaca, hipertensão e outras condições que exigem eliminação rápida de líquidos.
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Recolhimento e orientações
De acordo com a Anvisa, a determinação está amparada na Lei nº 6.360/1976 e na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 625/2022, que responsabilizam a indústria farmacêutica por desvios de qualidade em medicamentos. Hospitais, clínicas e farmácias que possuam o lote interditado devem interromper o uso e providenciar a devolução. A agência também orienta que pacientes não utilizem o produto e reforcem a conferência de lotes em caso de tratamento contínuo.
Em nota, a Hypofarma afirmou ter suspendido voluntariamente o uso do lote até a conclusão da investigação interna. A empresa declarou seguir “rigorosos padrões de fabricação e controle de qualidade” e reforçou o compromisso com a segurança de pacientes e profissionais de saúde.
Proibição à Verde Flora
Na mesma resolução, a Anvisa proibiu a fabricação, comercialização e divulgação de todos os produtos da Verde Flora Produtos Naturais Ltda. A decisão foi motivada pela venda e propaganda de itens sem registro, como cápsulas de cúrcuma e extratos de chá verde e centella asiática.
A empresa já havia sido alvo de interdição em agosto, quando uma operação conjunta encontrou fabricação clandestina de suplementos, produção de fitoterápicos sem registro e condições sanitárias inadequadas. As novas restrições reforçam o histórico de infrações que mantém a marca sob alerta da vigilância sanitária.
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