Anvisa proíbe implantes hormonais manipulados e emite alerta sobre riscos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, no último dia 18, a suspensão da manipulação, venda, propaganda e uso de implantes hormonais produzidos por farmácias de manipulação, conhecidos como “chips da beleza”.
A medida foi tomada após denúncias de entidades médicas, como a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), que relatam problemas de saúde em pacientes decorrentes do uso de implantes que combinam hormônios sem comprovação de segurança.
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A proibição baseia-se na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 67/2007, que regulamenta as Boas Práticas de Manipulação em farmácias, e na Lei 6.360/1976, que autoriza a suspensão de produtos suspeitos de oferecer riscos à saúde.
Segundo o alerta, a medida não afeta os implantes hormonais já registrados pela agência, mas pacientes que utilizam esses produtos devem buscar orientação médica e notificar reações adversas à Anvisa.
Fiscalização e riscos dos implantes hormonais manipulados
Desde 2021, a Anvisa tem investigado o uso inadequado desses hormônios, como a gestrinona, proibida de ser anunciada ao público em geral. Em 2022, a agência inspecionou farmácias de manipulação de produtos estéreis, detectando irregularidades em vários estabelecimentos.
A Anvisa também emitiu um alerta sobre os riscos dos implantes hormonais manipulados para fins estéticos, como aumento de colesterol, hipertensão, e outras complicações graves. Além disso, frisou que esses produtos não têm comprovação de segurança para tais finalidades e não possuem registro para uso estético, menopausa ou fadiga.
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