A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na última quinta-feira (17), a venda livre e a doação de álcool etílico 70% na forma líquida, desde que estejam devidamente regularizados na agência.
“A Anvisa autoriza, extraordinária e temporariamente, a venda livre e a doação de álcool etílico na concentração de 70% p/p (setenta por cento, expresso em peso por peso), na forma física líquida, devidamente regularizado na agência”, diz a resolução publicada.
O objetivo da RDC nº 760 de 17/11/2022 é ampliar o acesso a produtos que contribuam na implementação de resposta coordenada para reduzir a transmissão e proteger a população brasileira das novas cepas do novo coronavírus.
Picos anuais de sazonalidade
A decisão destaca ainda que a covid-19 tem demonstrado tendência a ter picos anuais de sazonalidade no país, ao contrário de outras enfermidades respiratórias, como a influenza ou gripe, que aparecem com mais frequência no país apenas nos meses de inverno.
A venda de álcool etílico 70% foi inicialmente autorizada pela Anvisa em 2020, com o início da pandemia de covid-19 e o decreto de emergência sanitária. A autorização chegou a ser revogada este ano, com o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, declarada pelo Ministério da Saúde. Agora, diante do aumento de casos da doença, a agência voltou a autorizar a comercialização do produto.
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Casos pelo país
A menos de dois meses do final do ano e após um período de queda nas contaminações pelo novo coronavírus em todo Brasil, os casos voltaram a subir em diversos estados, por conta de duas novas mutações do vírus, as subvariantes BQ.1 e BE.9.
Especialistas e órgãos de saúde, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) voltaram a recomendar que a população volte a usar máscaras em locais de risco. A recomendação é importante para pacientes com fatores de risco para complicações da covid-19, em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades.
A Fiocruz destacou ainda que a vacinação ainda é a melhor medida de proteção individual e coletiva contra a doença. “As pessoas devem buscar completar o seu esquema vacinal, incluindo a segunda dose de reforço já recomendada para todos os maiores de 18 anos. Quem testar positivo para a covid-19 deve aguardar 30 dias a partir do início dos sintomas para receber a dose de reforço”, disse a Fundação através do seu portal.
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De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (17/11) pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou, em 24 horas, 32.970 casos de covid-19 e mais 71 óbitos em consequência da doença. Desde o início da pandemia, foram confirmados 34.9371.043 casos de covid-19 no país e 688.764 óbitos pela enfermidade
Ainda conforme o boletim, 34.162.530 indivíduos se recuperaram da covid-19 e 119.678 casos estão em acompanhamento. Entre os estados, São Paulo tem o maior número de casos, 6,16 milhões, seguido por Minas Gerais (3,88 milhões) e pelo Paraná (2,75 milhões).
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