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Saúde4 janeiro 2021

Anvisa autoriza importação de 2 milhões de doses da vacina de Oxford

A Anvisa aprovou, no último dia 31, a importação de 2 milhões de doses prontas do imunizante para Covid-19 conhecido como vacina de Oxford.

Por Clara Barreto

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no último dia 31, a importação de 2 milhões de doses prontas do imunizante para Covid-19 conhecido como vacina de Oxford. Elaborada pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, a vacina será produzida no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que foi a solicitante da importação. O objetivo é que o início da imunização no país não atrase por falta de vacinas.

Apesar da autorização para importação, nenhuma vacina contra a Covid-19 foi autorizada para uso no país, nem de forma emergencial, nem como registro definitivo. Sendo assim, a Fiocruz deve garantir as condições ideais de armazenamento do produto até que o uso seja liberado.

A previsão é que as doses, que foram produzidas pelo Serum Institute of India, cheguem ao país este mês.

Leia também: Mudança na autorização de uso emergencial de vacinas da Anvisa

mão de técnico segurando agulha de vacina

Vacina de Oxford

A vacina de Oxford teve sua primeira autorização na última semana, quando o Reino Unido aprovou o imunizante para uso no país. A Argentina e a Índia seguiram o mesmo caminho nos últimos dias.

Os Estados Unidos, por outro lado, anunciaram que vão analisar melhor a relação de eficácia da vacina de Oxford e suas doses, antes de aprová-la. O motivo é que os pesquisadores encontraram uma diferença: a primeira dose completa, seguida de uma de reforço, teve cerca de 62% de eficácia; enquanto isso, uma meia dose na primeira aplicação, também seguida de uma segunda dose, teve uma eficácia de 90%.

Os pesquisadores ainda não encontraram um motivo para isso, mas deixaram a cargo das agências reguladoras decidir quais doses irão usar.

Vacinas contra a Covid-19

Até o momento, nenhuma das quatro vacinas que estiveram em testes no Brasil solicitaram à Anvisa o uso emergencial nem o registro oficial. Além delas, que são a de Oxford, a Coronavac, a da Pfizer com a BioNTech e a da Janssen (Johnson & Johnson), a União Química fez, recentemente, um pedido para testes de fase três da vacina russa Sputinik V no país.

As vacinas de Oxford e da Sinovac são as que estão com o processo mais avançado, já constando certificação das fábricas. O que falta no momento é apenas o pedido para uso, por parte das farmacêuticas, enviando os resultados dos estudos desenvolvidos para a Anvisa.

A vacina da Pfizer, por outro lado, foi a primeira ser autorizada para uso emergencial por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), também no último dia 31. A validação, além de abrir a porta para que as agências regulatórias dos países acelerem os processos de aprovação, permite que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) possam adquirir a vacina para distribuir em países necessitados.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

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