A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a ampliação do tempo de uso do DIU hormonal Mirena de cinco para oito anos para fins contraceptivos. A decisão segue diretrizes internacionais, como as da Food and Drug Administration (FDA), que já havia autorizado o uso prolongado do método desde 2022.
O DIU Mirena é um contraceptivo reversível de longa duração (LARC), eficaz por anos e sem necessidade de manutenção frequente. A mudança foi baseada em um estudo publicado no American Journal of Obstetrics and Gynecology, que acompanhou mais de três mil mulheres e demonstrou que o dispositivo mantém sua eficácia até o oitavo ano de uso, sem aumento nos índices de falha.
Saiba mais: Endometriose: SUS vai oferecer dois novos tratamentos ainda em 2025
A ampliação do prazo, no entanto, vale exclusivamente para a prevenção da gravidez. Mulheres que utilizam o Mirena como parte do tratamento para sangramento uterino anormal (SUA) ou proteção endometrial devem manter o uso por até cinco anos, conforme orientação médica.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o DIU hormonal está entre os métodos contraceptivos mais eficazes do mundo, atrás apenas de procedimentos definitivos como laqueadura e vasectomia. A nova recomendação deve beneficiar especialmente mulheres que buscam segurança contraceptiva de longo prazo, com menos intervenções médicas.
Veja: Terapia Hormonal em Mulheres com Lipedema: Há Risco Aumentado ou Mito?
Além de reduzir custos ao sistema de saúde e à paciente, a medida também fortalece as estratégias de enfrentamento à gravidez não planejada, inclusive entre adolescentes. Com a decisão, o Mirena se torna ainda mais vantajoso como parte das políticas públicas de saúde sexual e reprodutiva no Brasil.
Leia ainda: Implante contraceptivo subdérmico de etonogestrel será oferecido pelo SUS
Exclusividade médicaPrescreva medicação aos seus pacientes de forma gratuita e ilimitada
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.