Análise publicada na revista Frontiers in Nutrition partiu da premissa do impacto que alimentos ultraprocessados têm causado na saúde da população global para analisar a ligação entre perda de massa muscular e o consumo de alimentos desse tipo que já foram ligados à obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
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Características do estudo
Pesquisadores chineses realizaram um estudo transversal com dados de 10.255 adultos entre 20 e 59 anos participantes de pesquisa em âmbito nacional no Estados Unidos (National Health and Nutritional Examination Survey), entre 2011 e 2018. A definição de baixa massa muscular utilizada foi a da Foundation for the National Institutes of Health, também foi realizada uma análise de sensibilidade com outras definições.Achados
A prevalência de baixa massa muscular foi de 7,65%. Após ajuste para potenciais fatores de confusão, os indivíduos com maior ingestão de ultraprocessados apresentam um risco aumentado de 60% de baixa massa muscular (OR = 1,60, IC 95%: 1,13 a 2,26, P = 0,003) e uma diminuição na relação massa magra apendicular e IMC (β = −0,0176, IC 95%: −0,0274 a −0,0077, P = 0,003). Na análise de sensibilidade foram confirmadas as associações, menos para a definição do International Working Group on Sarcopenia (IWGS) que não demonstrou ser estatisticamente significante. Saiba mais: Pouca massa muscular nos braços e nas pernas aumenta risco de morte em idososConclusão
Para os autores, o estudo ressalta o impacto que o consumo de alimentos ultraprocessados podem ter sobre a saúde musculare de adultos reforçando a necessidade de se tratar uma alimentação rica em ultraprocessados como fator de risco modificável para sarcopenia. *Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.Como você avalia este conteúdo?
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