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Uma das dificuldades de quem passa por uma dieta, seja por motivos estéticos ou para manter a saúde em dia, e consegue perder peso é manter essa perda sem que haja posteriormente um ganho após a regularização da alimentação. O controle da massa corporal tem muita importância no que diz respeito a pacientes com histórico de sobrepeso ou obesidade, principalmente para manter a meta de indicadores como pressão arterial e níveis glicêmicos em indivíduos hipertensos e/ou diabéticos. Apesar de o mais recomendável ser a reeducação alimentar em vez de um regime restritivo de calorias, a dieta ainda é bastante popular e possui muitos adeptos.
Pesquisadores americanos realizaram um estudo para averiguar qual tipo de alimentação é mais eficaz na manutenção de peso após a perda de massa corporal. A pesquisa foi realizada entre 2014 e 2017 e os resultados foram publicados em novembro no periódico BMJ. O estudo testou três tipos de dietas diferentes de acordo com os níveis de carboidrato de cada uma (rica em carboidrato, nível moderado e pobre em carboidrato).
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O levantamento contou com 164 participantes entre 18 e 65 anos, com índice de massa corporal (IMC) 25 ou mais. Todos haviam passado por uma dieta prévia e perderam aproximadamente 12% de seu peso corporal. Os indivíduos foram divididos em três grupos conforme a concentração de carboidrato na alimentação, 54 indivíduos foram designados ao grupo com alimentação rica em carboidratos, 40 ficaram no grupo moderado e 57 foram para o grupo cuja alimentação era pobre em carboidratos. O tempo de follow up foi de 20 semanas. Os desfechos primários observados foram o gasto energético e os secundários foram o gasto energético em repouso.
Os pesquisadores concluíram que o total do gasto energético variou com uma tendência linear de 52 kcal por dia (IC 95% [23-82]) para cada 10% a menos no consumo de carboidrato em todos os grupos. O total do gasto energético foi 91 kcal por dia a mais em participantes do grupo moderado, e 209 kcal por dia a mais nos do grupo do baixo consumo de carboidratos, em relação aos participantes do grupo cuja alimentação era rica em carboidratos.
Não só a perda de peso foi menor no primeiro grupo (alto consumo de carboidratos) em relação aos outros dois, como a manutenção do peso também foi menor entre os participantes que permaneceram com uma alimentação baseada em carboidratos.
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