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Segundo dados da mais recente pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 40% dos pacientes fazem autodiagnóstico pela Internet e, consequentemente, também se automedicam. Essa tendência foi observada principalmente nos jovens de 16 a 34 anos, indivíduos com ensino superior e nas classes A e B.
Esse grupo prefere buscar os sintomas de doenças no Google e evitar a visita à emergência ou ao consultório médico. Entre os motivos levantados pelos autores da pesquisa está o estilo de vida mais digital, com falta de tempo e imediatismo.
Os dados de 2018 confirmam os resultados das últimas duas pesquisas, realizadas em 2016 e 2017, que já apontavam mais de 40% de brasileiros que usam a Internet para se autodiagnosticar. A novidade é a segmentação entre idade e poder econômico, mostrando que idosos e pessoas de baixa renda ainda preferem buscar ajuda profissional.
Como o médico pode fazer a diferença
Um estudo de 2016 mostrou que as informações sobre saúde na Internet não são confiáveis. A comunicação com o paciente é fundamental para tentar reduzir esse quadro, que pode acarretar em desfechos graves para o doente. Veja três atitudes que você pode tomar para ajudar seu paciente:
- Pergunte ao seu paciente sobre suas preocupações e expectativas, para que você possa orientá-lo corretamente;
- Compartilhe com ele os perigos de informações não confiáveis na Internet;
- Mostre-se disponível para ajudá-lo em caso de dúvidas (deixe um telefone de contato ou e-mail).
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Veja abaixo os dados completos da pesquisa:
Autodiagnóstico médico na internet de acordo com a faixa etária
- 16 a 24 anos: 52,77%
- 25 a 34 anos: 54,97%
- 35 a 44 anos: 43,41%
- 45 a 59 anos: 33,23%
- 60 anos ou mais: 19,72%
Autodiagnóstico médico na internet de acordo com a escolaridade
- Ensino fundamental: 20%
- Ensino médio: 48%
- Ensino superior: 63%
Autodiagnóstico médico na internet de acordo com a classificação socioeconômica
- Classes A e B: 55%
- Classe C: 42%
- Classes D e E: 26%
Autodiagnóstico médico na internet de acordo com a região geográfica
- Sudeste: 44%
- Norte e Centro-Oeste: 42%
- Sul: 40%
- Nordeste: 35%
A pesquisa da ICTQ foi realizada com homens e mulheres, com idade a partir dos 16 anos. As entrevistas foram feitas de forma pessoal e individual, entre 9 e 18 de maio de 2018, com 2.090 pessoas de todas as regiões do País, em 120 municípios.
Referências:
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