Exercício vs. Medicamentos: qual é a melhor opção para osteoartrite?
A osteoartrite (OA) é uma condição dolorosa e debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Para muitos pacientes, o alívio da dor é uma prioridade crucial no manejo da OA. Embora os medicamentos, como os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) orais e o paracetamol, sejam frequentemente prescritos para esse fim, o exercício também é reconhecido como uma terapia fundamental nas diretrizes clínicas.
Estudo
Um estudo recente realizou uma metanálise para comparar o efeito analgésico do exercício com esses medicamentos comuns. Os pesquisadores examinaram dados de 152 ensaios clínicos randomizados (RCTs), envolvendo um total de 17.431 participantes, que compararam diretamente ou indiretamente o exercício terapêutico com AINEs orais e paracetamol no tratamento da osteoartrite (OA) do joelho ou quadril.
Os resultados revelaram uma descoberta surpreendente: não houve diferença significativa no alívio da dor entre o exercício e os AINEs orais e o paracetamol em diferentes intervalos de tempo. Isso incluiu avaliações feitas em 4, 8 e 24 semanas. Além disso, não houve diferença na melhora funcional entre os grupos.
Esses achados têm implicações importantes para a prática clínica. Eles sugerem que o exercício pode oferecer benefícios comparáveis aos medicamentos tradicionais para a OA, tanto em termos de alívio da dor quanto de melhora funcional. Mais importante ainda, considerando o excelente perfil de segurança do exercício, os resultados destacam a importância de priorizar o exercício na abordagem terapêutica da OA.
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Comentário
Esse estudo fornece uma base sólida para promover o papel do exercício no manejo da osteoartrite (OA). Ele sugere que o exercício deve ser considerado uma opção de tratamento de primeira linha, especialmente em pacientes idosos com comorbidades ou em maior risco de eventos adversos relacionados aos AINEs e ao paracetamol. Além disso, ressalta a necessidade de uma abordagem mais ampla e integrada no manejo da OA, onde o exercício desempenha um papel fundamental.
Por meio dessas descobertas, o estudo não apenas informa as decisões de tratamento, mas também promove uma abordagem mais holística e segura para o manejo da OA, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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