A residência médica ou a pós-graduação são os caminhos a serem percorridos pelo médico recém-formado para alcançar a desejada especialização e assim trabalhar na área médica que mais o agrada.
Considerado a escolha da residência médica para percorrer os próximos passos da carreira médica, cabe ao futuro residente avaliar as instituições que oferecem os programas de residência, podendo ser elas, públicas ou privadas. Ambas oferecem vantagens e desvantagens que devem ser analisadas de acordo com os objetivos profissionais do médico. A seguir você confere algumas características dessas instituições.
Residência médica em instituição pública
Sabemos que, além do reconhecimento acadêmico das instituições universitárias públicas, os residentes oriundos dessas instituições geralmente têm um domínio teórico amplo e, não raro, são familiarizados com situações em que acompanham pacientes com casos incomuns. A rotina intensa e a variedade de doenças também fazem com que esses profissionais precisem desenvolver habilidades de adaptação e resolução de problemas para enfrentar situações complexas.
Outra grande vantagem é o maior volume de pacientes, uma vez que essas instituições costumam atender demandas regionais. Isso permite que o residente consiga ter mais oportunidade para praticar ao longo dos atendimentos.
Já como desafios, algumas dessas instituições podem apresentar problemas de infraestrutura e recursos limitados. Nesses hospitais os processos administrativos podem ser mais lentos e burocráticos, tornando o manejo de pacientes mais demorado ou simplesmente deixando os profissionais limitado em relação a possibilidade de resolução frente a uma situação.
Instituições públicas também costumam ter uma carga horária mais intensa, gerada pela elevada demanda de trabalho que é delegada aos médicos em formação. Isso pode impactar na sobrecarga de tarefas do residente, na qualidade do processo de aprendizado e até mesmo na qualidade de vida.
Residência médica em instituição privada
Por outro lado, as instituições privadas normalmente conseguem fornecer aos residentes infraestrutura e equipamentos mais modernos e recursos suficientes para a condução dos casos clínicos com o mínimo de qualidade necessária.
Apesar de terem uma menor carga de trabalho devido ao volume reduzido de pacientes para serem acompanhados, muitas instituições privadas têm programas de residências bem estruturados em áreas médicas específicas, e isso amplia a experiência do residente na especialidade desejada.
Entre as desvantagens, estão o menor foco acadêmico dessas instituições comparado com as instituições públicas e a menor diversidade de atendimentos, uma vez que esses serviços normalmente atraem os pacientes já em busca de atendimento especializado.
Conclusão
Independentemente de a residência ser realizada em uma instituição pública ou privada, é importante que o médico considere, antes da sua escolha, o perfil da instituição, as características específicas de cada programa de residência, as condições de trabalho e estrutura do local.
Ele também deve analisar o mercado de trabalho na região e de que forma cada perfil de instituição pode contribuir para o futuro do profissional, para o perfil do médico residente e para os objetivos de carreira por ele almejados.
# Texto atualizado pela editora-médica Juliana Karpinski.
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