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Radiologia6 agosto 2022

Soluções para pacientes com fobias de ressonância magnética e tomografia

Realizar uma ressonância magnética ou tomografia costuma ser uma tarefa muito difícil para alguns pacientes. Saiba mais.

Por Úrsula Neves

Realizar uma ressonância magnética ou tomografia costuma ser uma tarefa muito difícil para alguns pacientes, como pessoas ansiosas, que apresentam dores ou movimentos anormais, idosos, crianças e, principalmente, claustrofóbicos. 

“O medo, a ansiedade e a claustrofobia em pacientes que necessitam realizar ressonância magnética são significativos, a ponto do médico contraindicar a realização do exame, dificultando a detecção precoce de escleroses, derrames, tumores, entre outras anomalias. Pessoas com essas limitações costumam apresentar níveis elevados de ansiedade capazes de interromper o procedimento devido a realização de movimentos involuntários, o que pode repercutir na qualidade e no tempo do exame, sendo necessário repetir novas sequências para a aquisição de novas imagens”, contou o coordenador da radiologia do Hospital Albert Sabin (HAS), Marcos Duchene, em entrevista ao Portal PEBMED. 

Em um estudo descritivo quantitativo realizado em uma clínica de radiologia de Londrina, no Paraná, em 2004, 100 clientes maiores de 18 anos de ambos os sexos, com capacidade de interação pessoal aceitaram participar voluntariamente da pesquisa. 

As informações foram coletadas através de um questionário contendo perguntas fechadas. Os resultados demonstraram que 24% dos clientes relataram que a necessidade de permanecer imóvel durante o exame causou desconforto; 23% queixaram-se do barulho emitido pelo aparelho; 14% afirmaram que a forma de túnel do aparelho causou claustrofobia; 3% referiram que a dor provocada pela doença, associada à imobilidade corporal, aumentaram o desconforto durante a realização do exame; e 3% não conseguiram realizar o exame por apresentarem sintomas de ansiedade e claustrofobia. 

ressonância

Ressonância magnética e tomografia com anestesia 

Para os casos relatados acima, uma das soluções encontradas pela medicina é a utilização da anestesia, que deve ser realizada de maneira balanceada – combinando anestésicos venosos e inalatórios.  

Inicialmente, o paciente recebe medicação por um acesso venoso, e depois é mantido anestesiado através da medicação inalatória. 

“São diversos tipos de anestesia que usamos para esses procedimentos e a escolha da melhor técnica deve ser individualizada, sendo baseada tanto nas condições clínicas do paciente, como idade e comorbidades, além do tipo de exame a ser realizado. O planejamento adequado da técnica anestésica, se sedação ou anestesia geral, é realizada após uma avaliação pré-anestésica completa. A escolha vai depender também do grau de ansiedade do paciente, às vezes, somente uma sedação leve já resolve e ele consegue entrar no aparelho e se sentir seguro e confortável”, esclareceu o anestesista do Hospital Badim, Carlos Galhardo, em entrevista ao Portal de Notícias da PEBMED. 

É importante que o anestesista mantenha vigilância sobre o monitoramento da pressão arterial, da oxigenação e da frequência cardíaca, provendo segurança aos pacientes que precisam ser sedados para a realização do exame por algum motivo. 

“O objetivo da anestesia é oferecer segurança e bem-estar ao paciente, reduzir o desconforto físico, a dor e a ansiedade. Também é importante um jejum prolongado. Exames como eletrocardiograma (ECG) serão solicitados antes da realização da sedação”, afirmou Marcos Duchene. 

O efeito da sedação dura somente o tempo do exame e, após permanecer na sala de recuperação e ser avaliado pelo anestesista, o paciente recebe alta. 

“A boa notícia é que os equipamentos de ressonância magnética estão evoluindo, tanto no formato quanto nas dimensões do túnel em que o paciente é introduzido, sendo o mesmo de dimensões maiores, oferecendo uma menor sensação de claustrofobia; assim como redução no barulho emitido pelo equipamento e o tempo de exame”, destacou o coordenador da radiologia do Hospital Albert Sabin.

Qual a importância da ressonância magnética no diagnóstico da demência? [vídeo]

Ressonância magnética periférica 

Outra solução para que os pacientes se sintam mais confortáveis e seguros em realizar o procedimento é utilizar um aparelho de ressonância magnética periférica. 

Essa nova tecnologia permite ao técnico de radiologia analisar partes específicas do corpo separadamente, sem a necessidade da pessoa entrar completamente dentro do equipamento. 

O procedimento é muito simples e confortável para o paciente, uma vez que é realizado em uma cadeira especial e somente é necessário colocar dentro do equipamento a parte do corpo necessária para o exame. 

Além disso, são oferecidos protetores auriculares para amenizar o desconforto que os sons emitidos pelo equipamento podem causar. 

O procedimento completo costuma ser rápido, durando entre 15 e 30 minutos.  Contudo, ainda é necessário que o paciente permaneça imóvel durante a realização do exame para a coleta de imagens ainda mais precisas e com maior qualidade.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.

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