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Radiologia1 novembro 2022

Conheça a classificação TI-RADS da tireoide e o PI-RADS da próstata

A classificação BI-RADS® da mama você já conhece. Apresentamos, nesse guia, mais duas: o TI-RADS da tireoide e o PI-RADS da próstata.

Por Elazir Mota

Sabemos que na Medicina o que não faltam são classificações, utilizadas muitas vezes por padronizar o diagnóstico e também guiar as condutas a serem tomadas. Na Radiologia, a classificação BI-RADS® da mama é mais conhecida. Assim sendo, apresentamos a vocês as versões atualizadas e resumidas de mais duas: o TI-RADS da tireoide e o PI-RADS da próstata.

Leia também: Exame para investigação de câncer de tireoide evitou mais de 50% de cirurgias diagnósticas

médico usando tablet para entender sobre tirads

Classificação TI-RADS

Os nódulos da tireoide estão presentes em 10 a 41% da população, sendo mais frequente no sexo feminino e em idosos. São comumente assintomáticos e, na maioria dos casos, benignos. Há alguns anos, publicações já buscavam uma classificação das características ultrassonográficas dos nódulos da tireoide. Dessa forma, chegou-se ao Thyroid Imaging Reporting and Data System. O objetivo é agrupar os nódulos em diferentes categorias similar à usada em BI-RADS®. Assim temos: 

TIRADS 1: glândula tireoide normal  

TIRADS 2: condições benignas  

TIRADS 3: nódulo provavelmente benigno (<5% de chance de malignizar) 

TIRADS 4: nódulos suspeitos (5-80% de risco de malignizar) 

-4A: malignização entre 5-10% 

-4B: malignização em 10-40%

-4C: malignização entre 40-70% 

TIRADS 5: provavelmente malignos (>80% risco) 

TIRADS 6: nódulos malignos comprovados por biópsia. 

Os fatores relacionados ao risco aumentado para malignidade incluem: faixa etária abaixo de 20 ou acima de 60 anos; crescimento acelerado do nódulo; consistência endurecida; entre outros.

Classificação PI-RADS 

Proposta pela European Society of Uroradiology (ESUR), o sistema PI-RADS (Prostate Imaging Reporting and Data System) se diferencia por se basear em imagens de ressonância nuclear magnética e não em ultrassonografia como as já mencionadas. Basicamente é classificado em: 

PIRADS 1: doença clinicamente significante altamente improvável; 

PIRADS 2: doença clinicamente significante improvável; 

PIRADS 3: doença clinicamente significante é equívoca; 

PIRADS 4: doença clinicamente significante provável; 

PIRADS 5: doença clinicamente significante altamente provável. 

O contexto clínico do PIRADS seleciona lesão alvo para biópsia; seleciona melhor o paciente que necessita de vigilância ativa e programação cirúrgica/ radioterapia.  

O tumor migra de PIRADS 4 para 5, quando: 

  • 1,5 cm 
  • Extensão extracapsular  
  • Invasão da vesícula seminal

Mensagem prática 

Cada patamar da classificação define a conduta de observação, ponderar biópsia e biópsia dirigida. Vale a pena o médico generalista ao menos saber que essas classificações existem e que serão úteis na leitura dos laudos.

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Referências bibliográficas

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