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GSKintersect
Pneumologia26 julho 2024

Quiz: Descomplicando e reconhecendo a asma

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com GSK de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

Paciente feminina, 18 anos, referindo tosse, dispneia aos esforços e chiados no peito há cerca de dois anos. Os sintomas se intensificaram no último mês após sua família se mudar para outra cidade e alugar um apartamento antigo, que havia ficado sem moradores por um longo período de tempo. Nega outras comorbidades, porém a mãe refere que durante a primeira infância houve necessidade de diversas idas à emergência devido a episódios de “bronquite” e chiados no peito, além de duas internações por bronquiolite. Seu irmão possui quadro semelhante e faz tratamento com medicações inalatórias, com bom controle do quadro, já o pai é tabagista ativo.

Exames

Na anamnese, nega outros sintomas associados e uso de medicações de uso contínuo. Fez uso esporádico dos broncodilatadores do irmão, sem melhora do quadro. Ao exame físico, notava-se sibilos inspiratórios na ausculta pulmonar, saturação de oxigênio de 96% em ar ambiente e frequência respiratória de 19 irpm, sem sinais de desconforto. Apresenta lesões compatíveis com dermatite atópica em membros superiores, sobretudo em fossa cubital, além de prega nasal evidente.

Nos exames de rotina, apresentava eosinofilia de 700 cels/mm3 (VR até 500) e IgE 1500 kU/L (VR até 100). Foi realizada radiografia de tórax, sem alterações evidentes.

Foi realizada uma espirometria com a paciente que apresentou os seguintes resultados:

Diante dos achados, optou-se por iniciar tratamento com SAL/PF e dispositivo inalatório em pó no formato de disco, com uma inalação a cada 12 horas, e encaminhar a paciente ao dermatologista para tratamento do quadro cutâneo. Após duas semanas de tratamento, ela retorna referindo manutenção do quadro clínico e necessidade de uma visita ao departamento de emergência devido a piora dos sintomas. Além disso, refere limitações para atividades físicas e uso frequente de inalações com medicação de resgate. Quando questionada, a paciente relata que fazia uso da medicação apenas quando sentia piora dos seus sintomas.

No entanto, a persistência dos sintomas não é necessariamente indicativa de falha terapêutica do fármaco. Na realidade, esse tipo de situação faz-nos pensar primeiro em uma dificuldade de adesão, permanência de exposição a desencadeadores ambientais ou técnica inadequada do uso dos dispositivos inalatórios.1 No caso em questão, a paciente acreditava que o medicamento de uso contínuo poderia ser utilizado como medicação de resgate.

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