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Dermatologia29 novembro 2024

Caso Clínico: Guselcumabe na modificação da doença

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Johnson & Johnson de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A psoríase é uma doença cutâneo-articular inflamatória imunomediada com uma fisiopatologia complexa.¹ Possui grande prevalência e impacto na qualidade de vida dos pacientes afetados.² Portanto, os tratamentos disponíveis, principalmente aqueles que atuam na modificação da doença, são um assunto que merece destaque.

 

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Caso clínico 1:

Paciente masculino, 56 anos, hipertenso, com quadro de psoríase palmoplantar e artrite psoriásica há 8 anos, com baixa resposta ao uso de Metotrexato.

Apresentava agudização do quadro com piora das lesões cutâneas, momento em que foi introduzido secuquinumabe com controle do quadro, inicialmente. Na 40ª semana evoluiu com intensa dor articular com comprometimento funcional importante, além de piora das lesões cutâneas, tendo PASI>20, DLQI 28 e grande comprometimento funcional. Assim, foi realizada troca do imunobiológico para guselcumabe, 100mg na semana 0 e na semana 4, seguida de doses de manutenção a cada 8 semanas, com melhora dos sintomas após 16 semanas de tratamento, redução do PASI<10 e DLQI 2. Os benefícios nos sintomas articulares foram evidenciados pelo exame clínico, com mobilidade articular readquirida, e pela ultrassonografia, com ausência de sinais inflamatórios.

O guselcumabe foi efetivo, no caso apresentado, em que é retratado um paciente com psoríase cutâneo-articular grave e artrite psoriásica com perfil risco-benefício favorável, de modo que pode ser uma opção de tratamento eficaz para pacientes com esse perfil.

Guselcumabe é um anti IL-23 com alta afinidade e especificidade pela subunidade IL-23p19. Demonstrou benefício em pacientes com psoríase moderada a grave e no tratamento de atrite psoriásica (AP).³

As formas leves da doença podem ser manejadas com medicamentos tópicos e casos moderados a graves podem precisar de terapias sistêmicas ou biológicas convencionais. Atualmente, os agentes biológicos disponíveis são muitos: desde o Anti TNF-alfa até o mais recente, anti-interleucina (IL)-23.²

A IL-23, que possui as subunidades p19 e p40 compartilhada com IL-12, é uma citocina regulatória que modula linfócitos T CD4+ helper 17 (Th17) produtores de IL-17, dentre outras células, como macrófagos e monócitos, que conduzem a doenças inflamatórias. A via IL-23/Th17 e a superexpressão de IL-23 é um fator-chave de artrite, psoríase, entesite e sacroileíte.³

Desse modo, é alvo terapêutico crucial no tratamento da psoríase. Inibidores da IL-23, como os biológicos utilizados atualmente, têm mostrado eficácia significativa no controle da doença, reduzindo a inflamação e melhorando os sintomas dos pacientes,¹ como demonstrado no caso acima.

A comparação entre guselcumabe, placebo e adalimumabe foi avaliada inicialmente em dois principais ensaios clínicos de fase III e em um ensaio de fase II. Houve maiores taxas de eficácia nas avaliações de curto e longo prazos do anti IL-23 de acordo com Psoriasis Area Severity Index (PASI), PASI75, PASI90 e Investigator Global Assessment (IGA), com melhora clínica sustentada.²

Alguns ensaios clínicos compararam o guselcumabe com outras classes de biológicos. Quando comparado ao ustequinumabe, também apresentou melhora do PASI e do índice de qualidade de vida dermatológica (DLQI).² Resultados semelhantes foram obtidos na comparação com o secuquinumabe, pois, na semana 48, uma proporção maior de pacientes no grupo guselcumabe atingiu uma resposta PASI90.²

Com os ésteres de ácido fumárico (EAFs), 82% dos pacientes tratados com guselcumabe atingiram PASI90 versus 27% dos tratados com EAFs.4 Diferentemente do ocorrido com o ixequizumabe, que apresentou uma resposta mais rápida.²

Qual citocina envolvida na patogênese da psoríase e modulada pelo guselcumabe  explica a melhora clínica observada no caso acima?

AIL-23

BIL-5

CIL-2

DTNF-alfa

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